terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Discipulado: prioridade da Igreja

Otávio Júlio Torres
O tema do discipulado é hoje tratado como prioridade na vida da Igreja Metodista, que lançou em 2003 o seu próprio material sobre assunto. Por isso, o nosso maior desafio é buscar em Deus o caminho para a implantação do mesmo em nossa Igreja em Cataguases, Itamarati e em Miraí.
Uma coisa é certa: a base para o nosso discipulado deve ser inspirada pela prática do discipulado de Jesus. Essa é a razão para estarmos estudando em nossa igreja e congregações o modo como Jesus chamou e preparou seus discípulos e discípulas para a missão.
Historicamente, no movimento de John Wesley, considerado o fundador da Igreja Metodista, o discipulado passa pela organização dos pequenos grupos, em meados do século XVIII, na Inglaterra.
No Brasil, início da década de 1980, ao reorganizar-se como uma comunidade de Dons e Ministérios, a Igreja Metodista já demonstrava sua ênfase no discipulado, ao dar condições aos seus membros de desenvolverem seus dons e estruturar suas igrejas em ministérios, segundo concedidos por Deus. Nessa mesma época, surgiu o documento Plano para Vida e Missão da Igreja, como uma proposta de vida e discipulado da igreja em seu chamado para ser uma “Comunidade Missionária a Serviço do Povo”. No entanto, havíamos, como Igreja, deixado a estratégia dos pequenos grupos.
O acelerado crescimento de igrejas, organizadas em pequenos grupos ou células e a série imensa de materiais voltados ao tema, despertaram a Igreja Metodista a implantar o Discipulado como programa oficial no Brasil, não simplesmente como um método ou processo pedagógico e educativo, mas um “modo de ser” e “um estilo de vida” evangélico e wesleyano.
No sentido bíblico, viver o discipulado é levar os fardos uns dos outros (Gálatas 6.1-2), acolher, apoiar, perdoar e amar mutuamente uns aos outros (Romanos 15.1,7; Colossenses 3.13; Efésios 4.32; 5.1-2), como uma forma de pastoreio a ser vivida pela comunidade.
Assim, o discipulado, organizado em pequenos grupos, tem a finalidade de permitir ao Corpo de Cristo reunir-se para estudos, aprofundamento do relacionamento interpessoal e com Deus, e abrir oportunidade de convivência e testemunho a famílias, vizinhos e amigos. E, não deixa de ser, uma estratégia comprovadamente bíblica para o cumprimento da missão (Mateus 9.35-38).
Assim, nós, pastores e pastoras, convocamos a Igreja do Senhor a buscarmos juntos, em Cristo Jesus, uma visão do discipulado que nos ajude a viver mais intensamente o mandamento da Grande Comissão: Fazer discípulos e discípulas!

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