tag:blogger.com,1999:blog-38336140653532409272024-03-08T10:45:14.549-08:00Filosofia e TeologiaESPAÇO DE REFLEXÃO E CONSTRUÇÃO DE VIDAFilosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.comBlogger25125tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-81780201310407464542011-02-15T23:49:00.000-08:002011-02-15T23:49:00.275-08:00Discipulado: prioridade da Igreja<div align="right"><em>Otávio Júlio Torres</em></div><div align="justify"> </div><div align="justify">O tema do discipulado é hoje tratado como prioridade na vida da Igreja Metodista, que lançou em 2003 o seu próprio material sobre assunto. Por isso, o nosso maior desafio é buscar em Deus o caminho para a implantação do mesmo em nossa Igreja em Cataguases, Itamarati e em Miraí.<br />Uma coisa é certa: a base para o nosso discipulado deve ser inspirada pela prática do discipulado de Jesus. Essa é a razão para estarmos estudando em nossa igreja e congregações o modo como Jesus chamou e preparou seus discípulos e discípulas para a missão.<br />Historicamente, no movimento de John Wesley, considerado o fundador da Igreja Metodista, o discipulado passa pela organização dos pequenos grupos, em meados do século XVIII, na Inglaterra.<br />No Brasil, início da década de 1980, ao reorganizar-se como uma comunidade de Dons e Ministérios, a Igreja Metodista já demonstrava sua ênfase no discipulado, ao dar condições aos seus membros de desenvolverem seus dons e estruturar suas igrejas em ministérios, segundo concedidos por Deus. Nessa mesma época, surgiu o documento Plano para Vida e Missão da Igreja, como uma proposta de vida e discipulado da igreja em seu chamado para ser uma “Comunidade Missionária a Serviço do Povo”. No entanto, havíamos, como Igreja, deixado a estratégia dos pequenos grupos.<br />O acelerado crescimento de igrejas, organizadas em pequenos grupos ou células e a série imensa de materiais voltados ao tema, despertaram a Igreja Metodista a implantar o Discipulado como programa oficial no Brasil, não simplesmente como um método ou processo pedagógico e educativo, mas um “modo de ser” e “um estilo de vida” evangélico e wesleyano.<br />No sentido bíblico, viver o discipulado é levar os fardos uns dos outros (Gálatas 6.1-2), acolher, apoiar, perdoar e amar mutuamente uns aos outros (Romanos 15.1,7; Colossenses 3.13; Efésios 4.32; 5.1-2), como uma forma de pastoreio a ser vivida pela comunidade.<br />Assim, o discipulado, organizado em pequenos grupos, tem a finalidade de permitir ao Corpo de Cristo reunir-se para estudos, aprofundamento do relacionamento interpessoal e com Deus, e abrir oportunidade de convivência e testemunho a famílias, vizinhos e amigos. E, não deixa de ser, uma estratégia comprovadamente bíblica para o cumprimento da missão (Mateus 9.35-38).<br />Assim, nós, pastores e pastoras, convocamos a Igreja do Senhor a buscarmos juntos, em Cristo Jesus, uma visão do discipulado que nos ajude a viver mais intensamente o mandamento da Grande Comissão: Fazer discípulos e discípulas!</div>Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-12214751003440522252011-02-15T18:01:00.000-08:002011-02-15T18:02:52.697-08:00Como experimentar hoje a presença de Deus?<div align="right"><em>Otávio Júlio Torres</em></div><br /><div align="justify">Somente pessoas expressam a imagem de Deus. No paraíso, o ser humano estava face a face com Deus (Gênesis 3.8), mas o próprio Deus constata que Adão está só (Gênesis 2.18). Adão não se sentia plenamente satisfeito, pois os relacionamentos que tinha não ocorriam no mesmo nível: Deus lhe era superior e os demais seres criados estavam abaixo dele. Assim, não havia ninguém que estivesse na mesma condição, ao lado, e nesse sentido estava sozinho. Daí, concluímos que: pessoas precisam de Deus e pessoas precisam de pessoas. Deus mesmo chegou a esta conclusão. E isso nos leva a querer ser uma igreja em Grupos Pequenos.<br />Há alguns exemplos que nos ajudam a perceber como pessoas encontram a Deus ao partilhar a vida “uns como os outros”. Vejamos:<br />- Moisés tem todas as garantias de Deus para libertar o povo (certamente serei contigo -Êxodo 3.12); garantirei a sua vitória pelo meu nome (Êxodo 3.14); farei sinais prodigiosos por meio de ti (Êxodo 4.2-3,6,9); resolverei a dificuldade da sua comunicação (Êxodo 4.12). Nenhumas dessas garantias foi suficiente para Moisés, até que Deus “puxou sua última carta da manga: Arão (Êxodo 4.14-16). Deus sabia que pessoas dEle, mas também sabia que pessoas precisam de pessoas.<br />- Josué e Calebe, diante da descrença dos demais 10 espias — que disseram: “não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós” (Números 13.31) — foram audaciosos e confiantes no poder de Deus, que lhes prometera a terra de Canaã como herança. O interessante destacar é que foram dois os que acreditaram. Devemos imaginar o que aconteceria se apenas um deles fosse fiel. Será que se pronunciaria? Não acabaria levado pelo grupo maior e se omitiria na hora de relatar sua opinião. É uma discussão hipotética, porém, podemos concluir daí, mais uma vez, que pessoas precisam de pessoas.<br />- A Escritura de Eclesiastes 4.9 também relata: “melhor é serem dois”. Jesus também sabia disso e mandou seus discípulos “de dois em dois” (Lucas 10.1). Em Eclesiastes 4.12, porém, lemos: “o cordão de três dobras não se quebra tão depressa”. A amizade de Davi e Jônatas é um bom exemplo para entender esse cordão de três dobas, quando afirmam: “Deus seja entre mim e ti” (1 Samuel 20.42). Pessoas precisam de Deus e pessoas precisam de pessoas.<br />A Bíblia registra a sabedoria de Deus em providenciar companhia pra os seus, e nos dá uma belíssima lição: quem pensa que a vida cristã é algo entre “eu e Deus”, engana-se. A vida cristã é coletiva, pois pessoas precisam de Deus e pessoas precisam de pessoas. Foi Deus mesmo quem decidiu assim.<br />Assim, quando, no Novo Testamento, Cristo chamou discípulos e discípulas para o ministério do anúncio do Evangelho, em sua humanidade, demonstrou que seria importante contar com a presença de pessoas que abraçassem a causa com ele. No momento mais difícil de sua vida, no Gólgota, Jesus havia levado consigo alguns discípulos para que estivessem com ele e se entristeceu quanto os tais não foram capazes de serem suporte para ele naquele momento de dor, tristeza e de grande desafio ministerial.<br />Por isso, afirmarmos que o verdadeiro discipulado se faz por meio de relacionamentos. Daí a importância de sermos uma igreja em grupos Pequenos. Ore a Deus, busque o Senhor e se prepare para viver esta bênção em sua vida. Não foi sem propósito que o imperativo mais famoso de Jesus foi: “fazei discípulos”. Isso define a agenda ministerial da igreja em Grupos Pequenos.</div>Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-57647429543072100512011-02-15T17:59:00.001-08:002011-02-15T18:00:41.386-08:00Discipulado: prioridade da Igreja<div align="right"> <em>Otávio Júlio Torres</em></div><br /><div align="justify">O tema do discipulado é hoje tratado como prioridade na vida da Igreja Metodista, que lançou em 2003 o seu próprio material sobre assunto. Por isso, o nosso maior desafio é buscar em Deus o caminho para a implantação do mesmo em nossa Igreja em Cataguases, Itamarati e em Miraí.<br />Uma coisa é certa: a base para o nosso discipulado deve ser inspirada pela prática do discipulado de Jesus. Essa é a razão para estarmos estudando em nossa igreja e congregações o modo como Jesus chamou e preparou seus discípulos e discípulas para a missão.<br />Historicamente, no movimento de John Wesley, considerado o fundador da Igreja Metodista, o discipulado passa pela organização dos pequenos grupos, em meados do século XVIII, na Inglaterra.<br />No Brasil, início da década de 1980, ao reorganizar-se como uma comunidade de Dons e Ministérios, a Igreja Metodista já demonstrava sua ênfase no discipulado, ao dar condições aos seus membros de desenvolverem seus dons e estruturar suas igrejas em ministérios, segundo concedidos por Deus. Nessa mesma época, surgiu o documento Plano para Vida e Missão da Igreja, como uma proposta de vida e discipulado da igreja em seu chamado para ser uma “Comunidade Missionária a Serviço do Povo”. No entanto, havíamos, como Igreja, deixado a estratégia dos pequenos grupos.<br />O acelerado crescimento de igrejas, organizadas em pequenos grupos ou células e a série imensa de materiais voltados ao tema, despertaram a Igreja Metodista a implantar o Discipulado como programa oficial no Brasil, não simplesmente como um método ou processo pedagógico e educativo, mas um “modo de ser” e “um estilo de vida” evangélico e wesleyano.<br />No sentido bíblico, viver o discipulado é levar os fardos uns dos outros (Gálatas 6.1-2), acolher, apoiar, perdoar e amar mutuamente uns aos outros (Romanos 15.1,7; Colossenses 3.13; Efésios 4.32; 5.1-2), como uma forma de pastoreio a ser vivida pela comunidade.<br />Assim, o discipulado, organizado em pequenos grupos, tem a finalidade de permitir ao Corpo de Cristo reunir-se para estudos, aprofundamento do relacionamento interpessoal e com Deus, e abrir oportunidade de convivência e testemunho a famílias, vizinhos e amigos. E, não deixa de ser, uma estratégia comprovadamente bíblica para o cumprimento da missão (Mateus 9.35-38).<br />Assim, nós, pastores e pastoras, convocamos a Igreja do Senhor a buscarmos juntos, em Cristo Jesus, uma visão do discipulado que nos ajude a viver mais intensamente o mandamento da Grande Comissão: Fazer discípulos e discípulas!</div>Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-69941959097046270902010-12-31T11:59:00.000-08:002010-12-31T12:00:06.100-08:00Ano que vai, ano que vem<p><span style="font-size: 10px; font-family: helvetica;">fonte: Expositor Cristão Jan/2011</span></p>O que, de fato, termina quando um ano se encerra? A vida das pessoas é feita de muitas etapas, que se somam, resultando em realizações ou frustrações pessoais, profissionais e familiares. O final de um ano e início de outro é sempre uma etapa de avaliação, de retrospectiva. O povo de Deus na Bíblia, muitas vezes, fez esse tipo de “balanço”, para destacar a força da presença divina em cada momento do ano ou da sua história (Sl 78).<br /><span style="text-align: left;"><p style="text-align: justify; font-weight: bold;">Um balanço da vida</p> <p style="text-align: justify;">No Salmo 124, quem ora afirma que a luta da vida foi muito grande, ao dizer: “Não fosse o Senhor que estivesse ao nosso lado...” (v.1). Para o salmista, apenas a proteção divina pode impedir que as ameaças destruam a vida. Ele se sente livre, depois do desafio, e afirma: “O nosso socorro está em o nome do Senhor, que fez o céu e a terra” (v. 8). Para o orante do Salmo 67, o período das colheitas encerra um ciclo de esperanças e expectativas que tem um final feliz: “A terra deu o seu fruto. E Deus, o nosso Deus, nos abençoa” (v. 6).<br />Outro momento de avaliação do povo de Deus aconteceu quando, depois de uma luta contra os filisteus, Samuel, profeta e juiz, coloca uma pedra entre as cidades de Mispá e Sem, como um marco do avanço de Israel. Com este gesto, Samuel declara: “Até aqui nos ajudou o Senhor” (1 Sm 7.12). Os marcos, aliás, são algo muito importante em nossas vidas. Quando atingimos determinada etapa, sonho ou fase da caminhada, é muito comum que esses momentos se tornem marcos para nós. Desta forma, o final de um ano não é, necessariamente, o final de uma etapa, mas a possibilidade do passo seguinte; da revisão das metas; do novo olhar para dentro de nós mesmos; para uma nova aproximação de Deus.</p> <p style="text-align: justify;"><strong>Viver e amadurecer</strong><br />Com o final de mais um ano, percorremos o caminho da maturidade pessoal, familiar e religiosa. Vivemos um ano muito difícil e cheio de pedras e espinhos. Vimos como a violência entrou nas casas, levando filhos a matar os pais e vice-versa. Vimos conflitos internacionais e demonstrações de poder e subjugo dos povos. Vimos, no caso da nação brasileira, um sentimento de vitória e renovo na posse da nova presidenta.<br />Mas, por outro lado, presenciamos a continuidade da impunidade pública e a continuação do domínio dos chefões do narcotráfico por toda a parte, apesar das afirmativas em contrário. Todas essas situações podem ser oportunidade de todos/as nós, como sociedade, pararmos para refletir sobre nossa atuação cidadã. Se fizermos isso de forma consciente e libertadora, é possível que o ano de 2011 nos permita escrever linhas mais solidárias, justas e igualitárias... (Jr 29; 31.17; Pr 23.18).<br />Em síntese, o final do ano é um marco em nossa trajetória. Olhando para trás, podemos aprender com nossas limitações, dúvidas e ansiedades, tornando-nos mais amadurecidos para o ano seguinte (Lm 3.21). Também é preciso fazer prospectivas, projetos para o novo ano que se aproxima.</p> <p style="text-align: justify;"><strong>Expectativas de futuro</strong><br />O salmo 121 fala das expectativas diante dos desafios apresentados pela vida: “Elevo os meus olhos para os montes: de onde me virá o socorro” (v. 1)? Ao iniciar um novo ano, este mesmo conflito se coloca diante de nós. De onde vem a nossa esperança, onde depositamos nossas expectativas? Hoje, porém, as pessoas estão colocando sua confiança sobre outras bases, que não o Senhor, quando pensam em seu futuro. Pesquisas divulgadas em todos os anos nos meios de comunicação afirmam que os/as jovens estão se preocupando primeiro com a segurança do diploma universitário e de uma carreira profissional. Depois vêm os outros fatores, como a constituição de uma família, por exemplo.</p> <p style="text-align: justify;">O salmista prossegue em sua oração dizendo que o seu socorro vem do Senhor, que é maior do que os montes, porque fez o céu e a terra (v. 2). A esperança precisa estar depositada na fonte correta, para que não se desfaça ou leve ao desengano. A esperança de um futuro melhor não pode estar centrada no eu, tão somente se eu consigo um bom emprego ou um curso superior; mas na soma dessas coisas com a minha fé, minha família e demais valores de uma existência.</p> <p style="text-align: justify;">E, por fim, essa esperança correta dá coragem para se tornar um peregrino, um caminhante em direção ao local da adoração, em Jerusalém. São diversas as expressões do salmo sobre essa caminhada confiante: “o Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita. De dia não te molestará o sol, nem de noite, a lua. O Senhor te guardará de todo o mal; guardará a tua alma” (v. 5-7). Entre essas expressões, destaca-se ainda: “... não permitirá que teus pés vacilem” (v. 3). Além do sentido próprio deste texto, também podemos inferir que a presença de Deus em nossa vida nos permite tomar decisões firmes, sem ter que “pisar em ovos” ou percorrer “areia movediça”.<br />A certeza de que Deus caminha conosco é a grande fonte que alimenta a chama de nossa vida. Assim, o ano que vem não será aguardado com ansiedade e temor, mas com alegre expectativa e regozijante esperança: pois Deus é aquele que te guarda, que guarda a tua saída e a tua entrada em cada ano e em cada decisão, até a chegada final aos portões eternos! (v. 8).<br /><br />Rev. Otávio Júlio Torres<br />Igreja Metodista em Caguases, MG, 4ª Região<br />www.sofiaeteo.blogspot.com<br /></p> </span>Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-33444870396187515182010-12-31T11:53:00.000-08:002010-12-31T11:58:23.001-08:00Dicas para um ano novo na presença de Deus - sermão de ano novo Cataguases<!--[if gte mso 9]><xml> <o:officedocumentsettings> <o:allowpng/> </o:OfficeDocumentSettings> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:trackmoves/> <w:trackformatting/> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:donotpromoteqf/> <w:lidthemeother>PT-BR</w:LidThemeOther> <w:lidthemeasian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:lidthemecomplexscript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> <w:splitpgbreakandparamark/> <w:enableopentypekerning/> <w:dontflipmirrorindents/> <w:overridetablestylehps/> </w:Compatibility> <m:mathpr> <m:mathfont val="Cambria Math"> <m:brkbin val="before"> <m:brkbinsub val="--"> <m:smallfrac val="off"> <m:dispdef/> <m:lmargin val="0"> <m:rmargin val="0"> <m:defjc val="centerGroup"> <m:wrapindent val="1440"> <m:intlim val="subSup"> <m:narylim val="undOvr"> </m:mathPr></w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" defunhidewhenused="true" defsemihidden="true" defqformat="false" defpriority="99" latentstylecount="267"> <w:lsdexception locked="false" priority="0" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Normal"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="heading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="35" qformat="true" name="caption"> <w:lsdexception locked="false" priority="10" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" name="Default Paragraph Font"> <w:lsdexception locked="false" priority="11" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtitle"> <w:lsdexception locked="false" priority="22" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Strong"> <w:lsdexception locked="false" priority="20" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="59" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Table Grid"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Placeholder Text"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="No Spacing"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Revision"> <w:lsdexception locked="false" priority="34" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="List Paragraph"> <w:lsdexception locked="false" priority="29" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="30" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="19" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="21" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="31" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="32" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="33" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Book Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="37" name="Bibliography"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" qformat="true" name="TOC Heading"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin-top:0cm; mso-para-margin-right:0cm; mso-para-margin-bottom:10.0pt; mso-para-margin-left:0cm; line-height:115%; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-fareast-language:EN-US;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align: center;" align="center"><b style="">Texto bíblico: Hebreus 10.19-23</b></p> <p class="MsoNormal"> </p> <p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="text-indent: -18pt;"><span style=""><span style="">1.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><b style="">Aproximemo-nos:</b> precisamos desenvolver relacionamentos. Para isso, temos de estar próximos. Isso inclui reconhecer os limites das pessoas, suas necessidades e desejos, suas particularidades e riquezas no convívio. Por isso, a aproximação requer coração sincero e purificado, bem como o corpo lavado (o batismo é um sinal visível do Reino; ele nos dá acesso à comunidade de fé, nos faz filhos de Deus e é sinal de unidade).</p> <p class="MsoListParagraphCxSpMiddle"><b style="">Cântico:</b> Perto quero estar</p> <p class="MsoListParagraphCxSpMiddle"> </p> <p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-indent: -18pt;"><span style=""><span style="">2.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><b style="">Guardemos a confissão da esperança:</b> temos vivido tempos de reclamações, tristezas e incertezas. Temos de ter em mente a esperança cristã, que consiste em saber que Deus é o guardião final de nossa história, o autor de nossa vida e que sua vontade é boa, agradável e perfeita para nós; que tudo coopera para o bem dos que amam a Deus.</p> <p class="MsoListParagraphCxSpMiddle"><b style="">Cântico: </b>Minha esperança está no Senhor</p> <p class="MsoListParagraphCxSpMiddle"> </p> <p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-indent: -18pt;"><span style=""><span style="">3.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><b style="">Consideremo-nos uns aos outros:</b> pessoas felizes são aquelas que estabelecem relacionamentos. É hora de reconhecer as pessoas que neste tempo nos têm abençoado por partilharem conosco sua existência. É hora de dizer obrigado, me perdoe, eu te amo, eu te perdoo e todas essas expressões que nos conectam uns aos outros na família, na igreja e na sociedade. Considerar uns aos outros é, segundo o autor de Deus, estimular ao amor e às boas obras. Alguém considerado também passa a considerar e as coisas são transformadas!</p> <p class="MsoListParagraphCxSpMiddle"><b style="">Cântico:</b> Aliança do Senhor</p> <p class="MsoListParagraphCxSpMiddle"> </p> <p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-indent: -18pt;"><span style=""><span style="">4.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><b style="">Não deixemos de congregar-nos.</b> A vida em Cristo se expressa em sua forma visível, qual seja, a Igreja local. Não falo de estruturas, embora estas sejam necessárias, mas do reconhecimento de pertencermos a um grupo no qual temos espaço para acolhida, serviço e crescimento.</p> <p class="MsoListParagraphCxSpMiddle"><b style="">Cântico:</b> Fico feliz em vir em tua casa</p> <p class="MsoListParagraphCxSpMiddle"> </p> <p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="text-indent: -18pt;"><span style=""><span style="">5.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span><b style="">Devemos ver que o Dia se aproxima.</b> Quanto mais os anos passam, mais nos aproximamos do dia em que estaremos diante de Deus. Seja porque morreremos, seja porque Ele virá (eu creio, embora haja quem duvide). Desta forma, devemos ter diante dos olhos que nossa vida não é passageira, no sentido de fútil, mas singular. Nossa oportunidade de felicidade e realização é aqui, agora. O tempo de servir a Deus é este. Embora venhamos a sonhar com o gozo celestial, isso jamais deve diminuir a importância e o valor desta vida. Devemos viver como se cada dia fosse único e precioso. Porque, de fato, é.</p> <p class="MsoListParagraphCxSpMiddle"><b style="">Cântico:</b> Deus enviou seu filho amado</p> <p class="MsoListParagraphCxSpLast"> Feliz ano novo!</p><p class="MsoListParagraphCxSpLast">Hideide Brito Torres<br /></p>Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-24819347504062016512010-12-07T10:02:00.001-08:002010-12-07T10:09:43.362-08:00“NÃO TEMAS, PORQUE MAIS SÃO OS QUE ESTÃO CONOSCO DO QUE OS QUE ESTÃO COM ELES” (LEIA 2 REIS 6.8-23)<div style="TEXT-ALIGN: right"><span style="font-family:lucida grande;"><span style="FONT-STYLE: italic">Otávio Júlio Torres</span><span style="FONT-WEIGHT: bold"></span><br /><span style="FONT-WEIGHT: bold"></span></span></div><span style="FONT-WEIGHT: bold"></span><p align="justify"><br /><span style="font-family:lucida grande;">Visão de Deus: é o que precisamos em dias como os de hoje. Dias em que sofremos tantas perseguições e tribulações; dias em que muitas pessoas olham para as igrejas e seus dirigentes com desconfiança (e existem razões para fazerem isso); dias em que a opção de muitos é pela desistência ou descrença em Deus. Sobretudo, é preciso visão de Deus para reconhecer que “mais são os que estão conosco do que os que estão com eles”. </span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify" class="MsoNormal"><span style="font-family:lucida grande;">Minha palavra nesta pastoral é para você que crê em Deus, mas se encontra na situação do jovem que acompanhava o profeta Eliseu, a temer a força e número dos inimigos à volta, prontos para arrebatá-lo. A única coisa que lhe restou foi o desespero, expresso em suas palavras: “Ai! Meu senhor (Eliseu)! Que faremos? Porque é exatamente isso que os inimigos de Deus querem fazer conosco: quer que os temamos! Porque assim, minarão todas as nossas forças, não permitindo que vejamos mais nada, senão a incapacidade de acreditar, de ter a visão de que “os que estão conosco são maiores do que os que estão com eles”.</span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify" class="MsoNormal"><span style="font-family:lucida grande;">Deus quer que você olhe ao redor e não veja somente a opressão que o cerca, que lhe faz temer, que lhe faz desistir dos “sonhos de Deus” para a sua vida. Deus quer que você olhe novamente e veja que Ele já providenciou tudo o que você precisa: a libertação e a vitória sobre as milícias do mal. No entanto, você pode estar perguntando: o que eu faço para não ver somente a opressão dos inimigos e temer, mas para ser capaz de ter a visão de Deus? A resposta está com o profeta Eliseu. Vamos seguir os seus passos:</span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify" class="MsoNormal"><span style="font-family:lucida grande;"><b>Seja conhecido como um “homem (ou uma mulher) de Deus”</b>: É um título bíblico que expressa a estreita associação de uma pessoa com Deus. Na Bíblia, somente Samuel, Elias e Eliseu (1Samuel 2.27; 9.6; 2 Reis 17.18; 4.9) foram dignos desse nome. É verdade que, mais tarde na história do povo de Israel, esse nome é substituído por “profeta de Deus”, que significa aquele que fala em nome de Deus, aquele que é mensageiro de Deus. Isso pressupõe, portanto, que o homem de Deus é aquele a quem Deus confia os seus mistérios. A partir de Jesus, os homens de Deus passaram a ser chamados de discípulos e discípulas a quem Deus dá a conhecer os seus mistérios (Marcos 4.11). Mas o grande segredo é que os homens de Deus não dão a si mesmos esse título, nem mesmo os discípulos escolheram serem assim chamados. Aceitaram a vocação de Deus e foram reconhecidos pelo povo. Com eles estavam os sinais de Deus. Eliseu fez um manancial de águas más se tornarem saudáveis, multiplicou o azeite da viúva, fez fértil o ventre de uma estéril, ressuscitou um morto, multiplicou pães, curou um leproso, fez flutuar um machado e cegar um exército inimigo (2 Reis 2.19-6.23). Aos seus discípulos, Jesus lhes disse que seriam acompanhados de sinais: “Em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, ficarão curados” (Marcos 1617-18).</span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify" class="MsoNormal"><span style="font-family:lucida grande;"><b>O poder da oração</b>: Alguém já disse que oração é ação. E é exatamente o que Eliseu faz imediatamente depois encorajar o rapaz. Primeiro, intercede por seu discípulo: “Senhor, peço-te que lhes abras os olhos para que veja”. Eliseu já havia sido discípulo de Elias e adquirido experiência com Deus; agora era a hora de passar adiante. Sua oração nos ensina que é preciso todo o povo de Deus ter a mesma visão, para que ocorra a mudança da realidade. A segunda oração é mais ampla: “Fere, peço-te, esta gente de cegueira”. A realidade é completamente transformada: os inimigos, agora, estão subjugados. Mas o interessante na continuação da narrativa é que o homem de Deus não responde à ação dos inimigos com a mesma “moeda”, mas os abençoa e despede em paz. Hoje sabemos, com o apóstolo Paulo, que “a nossa luta não contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais, nas regiões celestiais” (Gálatas 6.12). A oração é a porta para o mover de Deus. Quando oramos, Deus age.</span></p><p align="justify"><span style="font-family:lucida grande;">Portanto, “não temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles”.</span> </p>Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-3823243406913752562010-12-07T09:56:00.000-08:002010-12-07T10:10:06.799-08:00Dia de Ação de Graças: “Ninguém apareça de mão vazias perante mim”<p style="TEXT-ALIGN: right;font-family:lucida grande;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:100%;"><i><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-size:12;" >Otávio Júlio Torres</span></i></span></p><p style="TEXT-ALIGN: justify;font-family:lucida grande;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-size:12;" >Na Bíblia, os motivos de ação de graças a Deus abrangem uma série de situações bem diversificadas. <span style="font-size:+0;"></span></span><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-size:12;" >Noé, após um ano na arca, ao desembarcar com seus familiares, ofereceu sacrifícios de louvor a Deus (Gn 8.20-21). Salomão, ao dedicar o Templo, ofereceu a Deus 20 mil bois e 100 mil ovelhas (1Rs 8.62-63). Jesus, conforme os evangelhos, ensinou-nos a agradecer a Deus pelo alimento (Jo 6.11,23), pela saúde (Lc 17.16). O apóstolo Paulo agradece pelo alimento (At 27.35; Rm 14.6; 1Co 10.30; 1Tm 4.13), pela paz (At 24.2) e livramento de perigos (At 27.35; 28.15); pela comunhão no evangelho (Fp 12.13) e pelo crescimento do evangelho (Fm 4); e pelo amparo recebido de Deus e da Sua Igreja (Rm 7.25; Rm 16.4; 1Co 1.14; 14.18; Fm 4; 1Ts 5.18; Rm 1.21; 1Co 1.4; Cl 4.2; Fp 4.6; Cl 3.17.; Ef 5.4). Por tudo isso, a conclusão do apóstolo em 1 Tessalonissenses 5.15: “Em tudo, dai graças”!</span><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-size:12;" ></span></span></p><div style="TEXT-ALIGN: justify" face="lucida grande"></div><p style="TEXT-ALIGN: justify;font-family:lucida grande;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-size:12;" >No entanto, como marco celebrativo, o dia de ação de graças está diretamente relacionado com a gratidão a Deus pelo fruto da terra, recebido como bênção divina (Dt 16.10). A história dessa celebração no ocidente também reporta a este contexto. Peregrinos ingleses, de tradição protestante, vindos aos Estados Unidos, celebram um dia de ação de graças a Deus pela abundante colheita que fizeram depois de enfrentar grandes dificuldades para se estabelecerem no “Novo Mundo”.<a title="" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=3833614065353240927&postID=382324340691375256#_ftn1" name="_ftnref1"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:+0;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-size:12;" >[1]</span></span></span></span></a></span></span></p><div style="TEXT-ALIGN: justify; FONT-FAMILY: lucida grande"></div><p style="TEXT-ALIGN: justify;font-family:lucida grande;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-size:12;" >Na Bíblia, o povo de Deus realizava uma Festa chamada <i>xavu‘ot<a title="" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=3833614065353240927&postID=382324340691375256#_ftn2" name="_ftnref2"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:+0;"><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-size:12;" >[2]</span></b></span></span></span></a></i>, conhecida como Festa das Semanas ou da Sega, celebrada ainda hoje em nossas igrejas como Festa das Primícias. Seu elemento principal é a gratidão e o reconhecimento da provisão de Deus pelos primeiros frutos do trabalho no campo. O relato bíblico mais antigo desta festa está em Êxodo 23.16a: “Guardarás a Festa da Sega, dos primeiros frutos do teu trabalho, que houveres semeado no campo”. </span></span></p><div style="TEXT-ALIGN: justify; FONT-FAMILY: lucida grande"></div><p style="TEXT-ALIGN: justify;font-family:lucida grande;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-size:12;" >Sua mensagem para a nossa vida não está relacionada apenas com o seu sentido direto de agradecimento a Deus pelas bênçãos de mantimentos recebidas. Na verdade, como celebração de gratidão a Deus, ela é o fruto do relacionamento íntimo com Ele, adquirido nas solenidades anteriores. Há necessidade de uma preparação prévia para participar desta celebração. As festas da Páscoa e dos Pães Ázimos preparam o espírito para<i> xavu‘ot</i>, quando levam o povo à confissão de pecados, à purificação, à santificação e à obediência ao Senhor. Essa preparação é que despertará gratidão no coração, gerando as ofertas, a adoração e o louvor prestados ao Senhor na celebração do Dia de Ação de Graças.</span></span></p><div style="TEXT-ALIGN: justify; FONT-FAMILY: lucida grande"></div><p style="TEXT-ALIGN: justify;font-family:lucida grande;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-size:12;" >Levíticos 23.15-21 relata os detalhes do ritual desta festa, em três momentos:</span></span></p><div style="TEXT-ALIGN: justify; FONT-FAMILY: lucida grande"></div><p style="TEXT-ALIGN: justify;font-family:lucida grande;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-size:12;" >1. Uma nova oferta de Cereais ou Oblação (homenagem) deve ser entregue. São as primícias ao Senhor, oferta movida diante Dele (movimento de levantar e baixar a oferta). Também são oferecidos dois pães cozidos, feitos com o trigo da nova colheita e fermento. Estes pães representam o povo. Um pão é dedicado no holocausto e o outro, como oferta pelo pecado. Isso marca a importância da presença de todo o povo como parte do ritual.</span></span></p><div style="TEXT-ALIGN: justify; FONT-FAMILY: lucida grande"></div><p style="TEXT-ALIGN: justify;font-family:lucida grande;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-size:12;" >2. Oferta pelo pecado, como marca de arrependimento, confissão e purificação. Devem ser oferecidos ao Senhor um bode e dois cordeiros de um ano com o pão das primícias.</span></span></p><div style="TEXT-ALIGN: justify; FONT-FAMILY: lucida grande"></div><p style="TEXT-ALIGN: justify;font-family:lucida grande;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-size:12;" >3. Sacrifícios pacíficos. Falam da paz e da comunhão do povo com o Senhor. <span style="font-size:+0;"></span>As pessoas tinham acesso a comer destes sacrifícios porque, anteriormente, houvera a purificação do povo. Assim, era possível chegar diante do Senhor em adoração, louvor e gratidão. A partilha dos alimentos comidos pelo povo é o diferencial aqui. Além disso, o seguimento do texto (v.22) garante a extensão da bênção do fruto da terra também aos pobres e estrangeiros.</span></span></p><div style="TEXT-ALIGN: justify; FONT-FAMILY: lucida grande"></div><p style="TEXT-ALIGN: justify;font-family:lucida grande;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-size:12;" >A grande mensagem que precisamos aprender para celebrar o Dia de Ação de Graças ao Senhor é que <b>ninguém deve aparecer de mãos vazias perante Ele</b>. Dedicar as primícias do nosso trabalho a Deus só faz sentido quando lhe dedicamos nossa vida em confissão, purificação, santificação e obediência.</span></span></p><div style="TEXT-ALIGN: justify; FONT-FAMILY: lucida grande"></div><p style="TEXT-ALIGN: justify;font-family:lucida grande;" class="MsoNormal" ><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-size:12;" >É importante ainda destacar que se trata de uma celebração realizada em meio a muita alegra, regozijo e gratidão. Uma festa em que todos os feitos de Deus são a medida para as ofertas dedicadas, tendo o coração grato e voluntário. </span></span></p><div style="TEXT-ALIGN: justify; FONT-FAMILY: lucida grande"><span style="font-size:100%;"><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-size:12;" >Estes princípios devem sempre ser relembrados e compartilhados na vida da igreja, como parte da formação cristã do nosso povo, com vistas ao seu crescimento. O aspecto ritual da festa nos ensina que a repetição, o memorial e a ampla participação do povo são marcantes para uma educação efetiva e a formação da identidade do povo. Isto valia para os israelitas e valem também para o povo cristão. </span></span></div><div style="TEXT-ALIGN: justify"><br /></div><hr style="MARGIN-LEFT: 0px; MARGIN-RIGHT: 0px" size="1" width="33%"><br /><div style="TEXT-ALIGN: justify"></div><div style="TEXT-ALIGN: justify" id="ftn1"><p class="MsoFootnoteText"><a title="" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=3833614065353240927&postID=382324340691375256#_ftnref1" name="_ftn1"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:+0;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-family:'Calibri','sans-serif';font-size:10;" >[1]</span></span></span></span></a> Para um melhor conhecimento histórico do Dia de Ação de Graças, consultar http://www.bonde.com.br/bonde.php?id_bonde=1-12--120-20081127</p></div><div style="TEXT-ALIGN: justify"></div><div id="ftn2"><div style="TEXT-ALIGN: justify"></div><p style="TEXT-ALIGN: justify" class="MsoFootnoteText"><a title="" href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=3833614065353240927&postID=382324340691375256#_ftnref2" name="_ftn2"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size:+0;"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="LINE-HEIGHT: 115%;font-family:'Calibri','sans-serif';font-size:10;" >[2]</span></span></span></span></a> Consulte o texto do professor Tércio Machado Siqueira para mais detalhes, no link: http://www.metodista.br/fateo/materiais-de-apoio/estudos-biblicos/a-festa-de-pentecostes-no-antigo-testamento</p></div>Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-47565837495176525522010-09-16T07:45:00.000-07:002010-09-16T07:46:49.450-07:00"Todo Mundo" quer ser Bispo/a Metodista<div style="text-align: justify;"><div style="text-align: right;">Postagem do blog: http://queroserbispo2011.blogspot.com<br /></div><br /><br />Por que o episcopado na Igreja Metodista tem exercido tanta atração? Por que a sucessão episcopal tem se tornado um tema tão alvissareiro no meio da pastorada? Por que cresce o número dos que “almejam o episcopado”? </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Eu tenho algumas hipóteses:</div><div style="text-align: justify;">1. Todos os pastores/as presbíteros/as são automaticamente candidatos/as ao episcopado. Você já viu alguma instituição ter mais candidatos que eleitores? Na Igreja Metodista é assim! São uns mil candidatos para uns cento e oitenta eleitores!</div><div style="text-align: justify;">2. O salário de Bispo/a pode ser até 20 vezes maior que o salário de um pastor/a, sem contar outros benefícios.</div><div style="text-align: justify;">3. Para ser Bispo/a não é importante ter coerência entre discurso e prática, mas ser conhecido nas áreas regional e geral.</div><div style="text-align: justify;">4. Para ser Bispo/a não é preciso ter tido competência no exercício pastoral em igrejas locais. </div><div style="text-align: justify;">5. Para ser Bispo/a não é necessário ter facilidade de expressão oral e escrita. É só ouvir e ler o que alguns falam e escrevem. Até lembram as “pérolas do Enem”!</div><div style="text-align: justify;">6. Para ser Bispo/a não é necessário possuir firmeza doutrinária. Em termos de doutrina, vale tudo na Igreja Metodista!</div><div style="text-align: justify;">7. Para ser Bispo/a não é preciso conhecer um pouco de história e teologia do metodismo. Aliás, vale tudo também quando se fala sobre “os Wesley”!</div><div style="text-align: justify;">8. Para ser Bispo/a não é necessário conhecer um pouco de Bíblia. Ela é apenas um pretexto para um discurso já pronto. </div><div style="text-align: justify;">9. Para ser Bispo não é preciso ter o mínimo de interesse em conhecer a realidade espiritual, social, econômica e política da cidade, da região, da nação. </div><div style="text-align: justify;">10. Para ser Bispo/a não é importante zelar pela unidade da igreja. Pelo contrário, quando mais cedo o “candidato/a” se rotular e dar “segurança” aos seus partidários de que vão “reinar”, melhor.</div><div style="text-align: justify;">11. Nomeação de pastores/as já não é instrumento para promover edificação e missão, mas moeda para pagamento de campanha eleitoral-episcopal e instrumento para punir quem pensa diferente, quem não pertence ao “partido”.</div><div style="text-align: justify;">12. Para ser Bispo/a é mais importante ter uma mente administrativa do que pastoral – mesmo que na prática se consiga falhar nos dois aspectos.</div><div style="text-align: justify;">13. A congregação local pode ser tratada apenas em termos estatísticos: Quantos são? Quanto produzem? Quanto rendem? A relação já não é de pastor/ovelha, mas vaqueiro/gado. </div><div style="text-align: justify;">14. Ser Bispo/a é libertar-se definitivamente da congregação local. É uma indignidade alguém que tenha sido Bispo voltar a ser pastor! Quando essa chance aparece pela não reeleição ao episcopado (que é uma grande ofensa!), trata-se logo de dar um título, um cargo, porque a experiência dele não pode ser “desperdiçada” na igreja local. </div><div style="text-align: justify;">15. Para ser Bispo/a é preciso ter capacidade de liderança, mas não segundo o Evangelho. O principal sentimento que um Bispo deve gerar nos seus “liderados” é o medo. Por isso, um livro de cabeceira indispensável é O Príncipe, de Nicolau Maquiavel.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O episcopado tornou-se atrativo porque pode-se chegar até ele e exercê-lo sem os requisitos bíblicos e canônicos. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Contudo, não foi assim “no princípio”! É só ler 1 Pedro 5.1-3, 1 Timóteo 3.1-7, Tito 1.7-9. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quem é “suficiente para essas coisas”?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Maurício Ramaldes*</div><div style="text-align: justify;">São Paulo, junho de 2009.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">*foi pastor metodista e é membro da IM Bela Aurora, Juiz de Fora, MG.</div>Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-82396287392124266702010-09-09T08:17:00.000-07:002010-09-09T08:18:04.832-07:00Jesus e o discipulado<div align="right"> <span>Otávio Júlio Torres</span><br /></div> <br /><div style="text-align: justify;"> O discipulado foi o modo particular de Jesus anunciar o Evangelho e reunir em torno de si seus primeiros seguidores. A proposta desta reflexão é apontar alguns caminhos usados por Jesus ao exercer seu discipulado e formar uma<span> liderança capaz de gerar e sustentar sua igreja. </span><strong><span></span></strong><br /><strong><span> </span></strong><br /><strong><span> Jesus ensinou e treinou os discípulos</span></strong><span></span><br /><span> Jesus tinha um ministério de ensino privado, além daquele que utilizava para todo o povo. Ele ensina na sinagoga (Marcos 1.21), como fez em Nazaré (Lucas 4.16-21) ou “do alto do monte falando às multidões” (Mateus 5). Mas esse ministério não bastava para Jesus medir bem o aprendizado de seus discípulos, nem orientar ou corrigir de modo particular, como fez com Pedro (Marcos 8.31-33) ou com Tiago e João (Lucas 9.54). Ele investia mais tempo, em particular, com os doze discípulos, certamente considerando suas personalidades e conversão sincera. </span><span></span><br /><span> Jesus instruiu seus discípulos nas verdades do Reino e eles fizeram o mesmo em relação a outros (Atos 20.25). Nós devemos fazer o mesmo. Assim, fica clara a necessidade de existirem níveis de ensino com os novos discípulos, para seu crescimento na vida cristã (Atos 14.21-22).</span><strong><span></span></strong><br /><strong><span> </span></strong><br /><strong><span> Jesus</span></strong><span> <strong>demonstrou como fazer, como sinalizar o reino</strong></span><em><span></span></em><br /><em><span> A autoridade de Jesus se baseava no fato de que Ele vivia aquilo que ensinava</span></em><span>. Ao vê-lo em ação, pessoas diziam: “O que é isso? Um novo ensino com autoridade!” (Marcos 1.27). Os fariseus tinham aparência e formalidade, mas não conseguiam viver integralmente o ensino ministrado. Paulo denuncia tal fato também (Romanos 2). </span><span></span><br /><span> No texto do lava-pés (João 13), Pedro reagiu a Jesus: “Nunca me lavarás os pés”, porque entendia “autoridade” e “posição” como superioridade. Rabi (Raboni) era o mestre escriba, cujo nome pode ser traduzido por “meu Senhor”, como uma posição de alto destaque e importância social. </span><span></span><br /><span> Mas Jesus cingiu-se com uma toalha – como faziam os servos aos seus senhores – e, tomando água, passou a lavar-lhes os pés, recomendando-lhes seguir o exemplo (João 13.14-15) e disse: “O empregado não é superior ao patrão, nem o mensageiro mais importante do que aquele que o enviou” (João 13.16). Não basta falar, é preciso agir. </span><span></span><br /><span> Jesus usou parábolas ao ensinar sobre o Reino de Deus: “...é semelhante a um tesouro oculto no campo<span style="color: black;">” (Mateus 13.44).</span> Essa ilustração usa fatos da vida comum aos seus ouvintes; demonstra uma situação prática. Devemos buscar nossa coerência entre o ensino e a ação. Mas não se trata de uma imagem idealizada e perfeccionista. As pessoas discipuladas devem entender <em>que a limitação humana existe</em> e, por isso, erros podem ocorrer, <em>mas que a graça nos redime e nos reorienta a uma vida justa, santa e vitoriosa, como foi a do Mestre Jesus.</em></span><strong><span></span></strong><br /><strong><span> </span></strong><br /><strong><span> Jesus deu responsabilidade aos seus discípulos (Mateus 10; Lucas 9-10)</span></strong><span></span><br /><span> Os discípulos aceitaram a Jesus e à sua mensagem, aprenderam com ele, mas era preciso assumir uma responsabilidade, atender a um chamado radical e responsável. A autoridade e poder recebidos do Mestre não são um fim em si mesmos, mas uma capacitação para cumprir a missão. </span><span></span><br /><span> Ao saírem pelas aldeias e cidades, eles se tornavam conhecidos como discípulos/testemunhas de Jesus, comprometidos com Ele. Pelo envio, aprenderam que eram capazes. A sua euforia no retorno (Lucas 10.17) mostra o quanto se sentiram encorajados e confiantes. Já podiam ser sujeitos, ministros e agentes do Reino. </span><span></span><br /><span> Quando discipulamos, devemos oferecer responsabilidades práticas aos novos crentes, de acordo com suas experiências, e acompanhá-los na devida instrução e demonstração, como Cristo o fez.</span><span></span><br /><span> Infelizmente, hoje, a maioria dos “cristãos” é mera espectadora. Ao serem recebidos, esses novos crentes não foram preparados e até desafiados a atuar como discípulos. E, uma vez que não aceitam ter responsabilidades na Igreja, eles não chegam a experimentar a alegria do “retorno”, nem a euforia e a testificação das bênçãos que, pelo nome e poder de Jesus, aqueles discípulos alcançaram (Lucas 10.17-24).</span><strong><span></span></strong><br /><strong><span> </span></strong><br /><strong><span> Jesus acreditou que os seus discípulos iriam discipular</span></strong><span></span><br /><span> Na conhecida oração sacerdotal (João 17), Jesus expressa sua vontade quanto à continuidade de sua obra por meio dos discípulos: “Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo” (João 17.18). </span><span></span><br /><span> Apóstolo quer dizer enviado; e com a missão de fazer outros discípulos: “vos designei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça” (João 15.16). Outras pessoas seguirão aos discípulos como seguiram a Jesus (João 15.20). Mas observe: está prevista a rejeição. Mais ainda: a perseguição há de acompanhar o ministério do verdadeiro discípulo. Portanto, o crescimento ocorre por meio da fidelidade e da luta do dia-a-dia.</span></div>Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-28854885697712291132010-09-09T08:14:00.000-07:002010-09-09T08:15:31.004-07:00“Se não respondo por mim, quem responderá por mim? Mas se só respondo por mim, serei ainda eu?"<em><span style="line-height: 115%; font-family: 'Arial','sans-serif'; color: rgb(51, 51, 51); font-size: 9.5pt;"> <div align="right"> <em><span style="line-height: 115%; font-family: 'Arial','sans-serif'; color: rgb(51, 51, 51); font-size: 9.5pt;">Otávio Júlio Torres</span></em> </div><br /></span></em><span style="line-height: 115%; font-family: 'Arial','sans-serif'; color: rgb(51, 51, 51); font-size: 9.5pt;"> <div align="justify"> <span style="line-height: 115%; font-family: 'Arial','sans-serif'; color: rgb(51, 51, 51); font-size: 9.5pt;">Caro Júnior,<br /><br /></span><span style="line-height: 115%; font-family: 'Arial','sans-serif'; color: rgb(51, 51, 51); font-size: 9.5pt;">Estive pesquisando a respeito. Pelo menos, parece verossímil dizer que este pensamento aparece, pelo menos, em Platão e em Tomas de Aquino. Todavia, pesquisei um texto na net intitulado “Da responsabilidade à compaixão”, em que o autor Manoel do Carmo Ferreira, do Instituto S. Tomas de Aquino, remete essa frase a um escrito da Antiga Babilônia, classificado como um <em>Talmud</em>. É interessante esta classificação, pois a palavra <em>Talmud</em> é hebraica e designa um conjunto de registros rabínicos que remetem ao estudo da lei, dos costumes e da história do judaísmo, estando subjugado somente à Bíblia hebraica (livros bíblicos do Antigo Testamento, conforme traduzidos na versão da Bíblia Protestante da língua portuguesa. Em todo caso, como o povo babilônico é anterior e fonte <span> </span>da cultura judaica, não há prejuízo em manter este ditado como um <em>talmud</em>, entendendo-o como um conjunto de registro babílônico antigo sobre leis, costumes e história deste povo.<br /><br /></span><span style="line-height: 115%; font-family: 'Arial','sans-serif'; color: rgb(51, 51, 51); font-size: 9.5pt;">Sendo assim, cabe-nos um grande desafio em entendê-lo, interpretá-lo correntamente, uma vez que foi escrito por uma cultura e pensamento, historicamente, tão distantes de nós.<br /><br /></span><span style="line-height: 115%; font-family: 'Arial','sans-serif'; color: rgb(51, 51, 51); font-size: 9.5pt;">Considerado um <em>talmud</em>, pode-se interpretar essa frase na direção de estabelecer o lugar do ser na história e na sociedade. A frase toca a pergunta sobre sua identidade e seu modo de ser no mundo.<br /><br /></span><span style="line-height: 115%; font-family: 'Arial','sans-serif'; color: rgb(51, 51, 51); font-size: 9.5pt;">A primeira pergunta – <strong>Se não respondo por mim, quem responderá por mim?</strong> – toca exatamente a questão da identidade pessoal. Na constituição do Ser individual, é de suma importância pontuar a autoafirmação. Dizia Descartes, um filosófo frances racionalista, do começo da era moderna, que para se afirmar a existência, o ser de algo, é preciso que ele seja completamente uma realidade clara e distinta de qualquer outra. Daí, o Ser sempre está em busca de colocar-se no mundo como indivíduo, autor de seus próprios atos, responsável por si mesmo.<br /><br /></span><span style="line-height: 115%; font-family: 'Arial','sans-serif'; color: rgb(51, 51, 51); font-size: 9.5pt;">No entanto, a segunda pergunta – <strong>Mas se só respondo por mim, serei ainda eu?</strong> – levanta outro questionamento, que nos leva a considerar, filosoficamente, a partir de três posturas existenciais distintas sobre a presença do ser humano no mundo. O <em>Determinismo absoluto </em>é a visão de mundo que estabelece o fato de que cada um dos acontecimentos do universo estaria submetido às leis naturais, entendidas dentro de uma estrutura de causa. Nesta caso, todos os seres do universo estão predestinados, entregues a um destino causal, que determina todos os atos da sua existência. Essa doutrina não permeia o pensamento acima.<br /><br /></span><span style="line-height: 115%; font-family: 'Arial','sans-serif'; color: rgb(51, 51, 51); font-size: 9.5pt;">Ainda, há a doutrina do livre-arbítrio. Os seus defensores dizem que ser livre significa decidir e agir como se quer, independentemente de causa determinante. Nas palavras de Sartre, “o ser humano está condenado a ser livre”. Esta visão de mundo é capaz de traduzir a frase acima com um SIM. Ou seja, exatamente eu respondendo por mim mesmo, e somente eu fazendo isso, é que encontro e estabeleço minha identidade no mundo. Determino o meu EU, inalienavelmente. Só que, entendendo o pensamento a partir desta visão de mundo, o seu autor estaria dizendo que todo o Ser no mundo estaria entregue ao acaso. Cada um sendo inalienavelmente livre, não haveria conceitos ou palavras tais como: referência, parâmetro, perspectiva, visão de mundo...<br /><br /></span><span style="line-height: 115%; font-family: 'Arial','sans-serif'; color: rgb(51, 51, 51); font-size: 9.5pt;">Finalmente, os filósofos modernos instituíram o determinismo moderado, que conjuga as duas visões de mundo anteriores. Esta é entendida a partir de certa liberdade de decisão e de ação, uma conduta consciente, sem, contudo, deixar de estar inserida numa compreensão de causalidade e razões (necessidades) inerentes. Spinoza, Hegel, Marx e Engels são alguns dos filósofos que entenderam o ser humano assim. Aqui, liberdade e causalidade não se excluem. Esta concepção da existência colocaria a pergunta – <strong>Mas se só respondo por mim, serei ainda eu? </strong>– numa linha de raciocínio da ética. Ou seja, para cada passo do Ser (humano) é preciso ponderar sobre suas possíveis causalidades ou perguntar se se trata de um ato de liberdade. Assim, posso ser eu ainda, mesmo que seja uma resposta unicamente minha, pois me constituo um Ser dentre os demais. Dependendo da resposta exigida por mim, sou parte de um SER maior, presente em todos os seres e conduzindo todos os seres para uma única história, como definiu Hegel: “A liberdade é a necessidade compreendida.”</span> </div> </span>Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-8356624055365997142010-09-04T07:48:00.000-07:002010-09-04T07:50:46.315-07:00Porque não quero ser membro da Igreja...<div style="text-align: right;">Hideide Brito Torres<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Não quero ser membro da Igreja porque posso participar dos ministérios, da Santa Ceia, ser dizimista, estar nos cultos sem a necessidade de um ritual ou um pedaço de papel que me diga o que sou ou não. Se você pensar bem, esta é a mesma razão pela qual as pessoas querem “morar junto” hoje em dia, sem estar casadas legalmente. É ter as recompensas sem o peso dos deveres. O outro nunca pode exigir nada, porque, se eu não gostar mais, posso simplesmente ir embora sem ter de dar satisfações a ninguém.<br /><br />Não quero ser membro da Igreja porque gosto de circular por aí, conhecer novas ideias e novas pessoas. Ser membro significa aderir a um conjunto de preceitos e eu não gosto que ninguém me diga o que pensar ou não. Existem coisas com as quais eu não concordo na Igreja, até mesmo doutrinárias. Sem ser membro, não tenho compromisso com nada disso.<br /><br />Não quero ser membro da Igreja para não ter a responsabilidade pessoal de zelar pelo meu testemunho em relação a ela. Se alguém me perguntar alguma coisa, digo simplesmente que frequento, estou visitando, vendo “qual é”.<br /><br />Não quero ser membro da Igreja para não ter a responsabilidade pessoal de zelar pelo meu testemunho em relação a ela. Se alguém me perguntar alguma coisa, digo simplesmente que frequento, estou visitando, vendo “qual é”.<br /><br />Não quero ser membro da Igreja para não ter de sustentar as coisas chatas que toda Igreja tem. Posso fazer o que quiser, sem ser requerido. Não tenho a obrigação de amar ninguém nem de sustentar ninguém com minhas orações. Se alguém pegar no meu pé, posso ameaçar ir para outra comunidade, quem sabe fazer alguma pressão por causa do dízimo que entrego. Ao fazê-lo, fico aparentemente mais fiel do que aquele que, sendo membro, não faz tudo o que eu faço.<br /><br />Só que há alguns problemas... mas eu não gosto de pensar muito sobre isso.<br /><br />Quando não assumo integralmente meu papel como membro da Igreja, vivo parcialmente o amor de Cristo. Não serei nunca capaz de “alegrar-me com os que se alegram e chorar com os que choram” (Rm 12.15), porque meu envolvimento é sempre parcial. Sem conhecer o amor verdadeiro, posso ter todos os demais dons, mas de nada eles me adiantarão (1Co 13).<br /><br />Quando eu entrego fielmente o dízimo, compareço aos cultos e participo dos ministérios, não estou fazendo favor algum à Igreja, ao pastor ou pastora, nem sendo mais santo que os membros assumidos que não o fazem. O erro deles não justifica minha arrogância. De certo modo, eu fico parecendo o fariseu que subiu ao templo para orar (Luc 18.9-14). Estou apenas cumprindo meu dever cristão, mas se faço isso apenas para não ser cobrado, então “já recebi minha recompensa” (Mt 6.6).<br /><br />Quando eu não me torno membro da Igreja, torno-me uma anomalia, uma parte do corpo de Cristo que quer viver de si mesma. Mas um membro não pode ser separado do corpo sob o risco de morte, assim também, fora do corpo de Cristo, morremos, uma vez que a comunhão plena alimenta a espiritualidade saudável (1Co 12-14).<br /><br />Se Cristo amou a Igreja e chegou a ponto de morrer por ela, quando não assumo integralmente meus votos numa comunidade local, corro o risco de situar-me fora desta esfera de amor, de santidade e de incorruptibilidade, mesmo considerando os defeitos e infortúnios que ela, como comunidade humana, santa e pecadora (no dizer de Martim Lutero) pode conter (Ef 5.25-27). Ao contrário, importa-me sofrer por ela: “Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja” (Cl 1.24).<br /><br />O fato de ser membro de uma Igreja é consequência do fato de que me entreguei a Cristo, vivo por ele. É uma manifestação visível da transformação invisível que Deus opera no meu interior. Devo me alegrar por isso, e não achar-me sob o peso de uma obrigação. Damo-nos primeiro a Deus e depois uns aos outros na comunidade de fé (2Co 8.5). Como poderei dar-me por inteiro a alguém se não quero assumir publicamente meu compromisso para com essa pessoa ou grupo, de todos os meios e formas pelas quais me for possível fazê-lo?<br /><br />Somente o fato de ser membro de uma igreja me dará a autoridade do reconhecimento que vem dos irmãos e irmãs, legitimando meu ministério junto a eles e tornando mais amplo o espectro da minha ação. Por ter-me como seu igual, companheiro de jugo e de lutas, com maior profundidade poderão testemunhar de mim e sentir que estou 100% com eles, como aconteceu com Tito (2Co 8.16-23). Os membros da Igreja são neste texto chamados de “companheiros no desempenho da graça”, “companheiros e colaboradores”, “mensageiros da Igreja”, “glória de Cristo”. E Paulo lhes exorta a demonstrar “a prova do amor e da exultação” perante a Igreja quando membros desse porte estiverem diante dela.<br /><br />Se há sobre a comunidade um pastor ou pastora fiel, com amor no coração, atenção e fidelidade para com os princípios bíblicos e doutrinários, minha insubmissão é sinal de rebeldia ao Senhor e ao seu corpo. Tenho de considerar profundamente as motivações que me levam a não querer uma autoridade espiritual sobre mim. É claro que há os que abusam, mas a Bíblia chama a estes de mercenários. Os pastores e pastoras verdadeiros são reconhecidos por sua autoridade vinda do Espírito, seu amor e zelo pela comunidade, sua seriedade no testemunho e na oração. A estes, a carta aos Hebreus recomenda obediência e submissão (Hb 13.17). Tenho de admitir se não quero que o pastor ou pastora me oriente espiritualmente porque ele ou ela não é uma pessoa de Deus (e isso não cabe a mim, individualmente, decidir) ou se é porque esta liderança espiritual me confronta diretamente em meu coração endurecido, em meus pecados de estimação ou na confrontação da entrega total a Cristo, que ainda resisto a fazer. Se for assim, é para pensar profundamente a minha vida, pois “se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?” (1Tm 3.5)! Esta reflexão e constatação cabem somente a mim e somente o Espírito pode revelar-me inteiramente isso. Mas se me nego a pensar, também me nego a ser transformado...<br /><br />Cristo edifica a sua igreja e afirma que as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16.18). Como eu posso ser edificado se não quero afirmar categoricamente que faço parte da Igreja? Como poderei, assim, fazer com que o inferno não prevaleça contra mim? Preciso estar na igreja para saber “como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade” (1Tm 3.15)<br /><br />Como disse alguém, a Igreja não é para ser conveniente, nem condescendente, mas contundente. Se eu quiser ser mais um na multidão, posso estar na igreja sem assumi-la. O problema disso é que Cristo não vai me conhecer quando isso for necessário (Mt 25). Mas se quiser ser discípulo, não devo fazer o que eu quero – sou instado a deixar o meu eu e assumir o fardo do meu irmão (Gl 6.2). Ser membro da Igreja é um passo fundamental e um grande desafio. Paulo concorda: “Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas” (2Co 11.28), porque não basta estar no rol, é preciso estar por inteiro, pela vida inteira, com a inteira vida. Mas o resultado do compromisso pleno é, igualmente, grandioso: “Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus” (Ef 3.10).<br /><br />Pra. Hideide Brito Torres<br />www.hideide.blogspot.com<br />"A graça seja com todos os que amam sinceramente a nosso Senhor Jesus Cristo" (Efésios 6.24)</div>Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-45968335273924790602010-08-13T19:04:00.000-07:002010-08-13T19:05:37.956-07:00Como fazer uma análise semântica de um termo bíblico<meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 12"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 12"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CUsers%5Cotavio%5CAppData%5CLocal%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><link rel="themeData" href="file:///C:%5CUsers%5Cotavio%5CAppData%5CLocal%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_themedata.thmx"><link rel="colorSchemeMapping" href="file:///C:%5CUsers%5Cotavio%5CAppData%5CLocal%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_colorschememapping.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:trackmoves/> <w:trackformatting/> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:donotpromoteqf/> <w:lidthemeother>PT-BR</w:LidThemeOther> <w:lidthemeasian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:lidthemecomplexscript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> <w:splitpgbreakandparamark/> <w:dontvertaligncellwithsp/> <w:dontbreakconstrainedforcedtables/> <w:dontvertalignintxbx/> <w:word11kerningpairs/> <w:cachedcolbalance/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> <m:mathpr> <m:mathfont val="Cambria Math"> <m:brkbin val="before"> <m:brkbinsub val="--"> <m:smallfrac val="off"> <m:dispdef/> <m:lmargin val="0"> <m:rmargin val="0"> <m:defjc val="centerGroup"> <m:wrapindent val="1440"> <m:intlim val="subSup"> <m:narylim val="undOvr"> </m:mathPr></w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" defunhidewhenused="true" defsemihidden="true" defqformat="false" defpriority="99" latentstylecount="267"> <w:lsdexception locked="false" priority="0" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Normal"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="heading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="35" qformat="true" name="caption"> <w:lsdexception locked="false" priority="0" name="footnote reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="0" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" name="Default Paragraph Font"> <w:lsdexception locked="false" priority="11" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtitle"> <w:lsdexception locked="false" priority="22" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Strong"> <w:lsdexception locked="false" priority="20" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="59" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Table Grid"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Placeholder Text"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="No Spacing"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Revision"> <w:lsdexception locked="false" priority="34" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="List Paragraph"> <w:lsdexception locked="false" priority="29" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="30" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="19" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="21" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="31" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="32" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="33" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Book Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="37" name="Bibliography"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" qformat="true" name="TOC Heading"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:"Cambria Math"; panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:roman; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:-1610611985 1107304683 0 0 415 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-unhide:no; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-font-family:"Times New Roman";} p.MsoTitle, li.MsoTitle, div.MsoTitle {mso-style-unhide:no; mso-style-qformat:yes; mso-style-link:"Título Char"; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:center; mso-pagination:widow-orphan; font-size:14.0pt; mso-bidi-font-size:12.0pt; font-family:"Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; font-weight:bold;} span.TtuloChar {mso-style-name:"Título Char"; mso-style-unhide:no; mso-style-locked:yes; mso-style-link:Título; mso-ansi-font-size:14.0pt; mso-bidi-font-size:12.0pt; font-family:"Arial","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Arial; mso-hansi-font-family:Arial; font-weight:bold;} .MsoChpDefault {mso-style-type:export-only; mso-default-props:yes; font-size:10.0pt; mso-ansi-font-size:10.0pt; mso-bidi-font-size:10.0pt;} @page WordSection1 {size:21.0cm 842.0pt; margin:3.0cm 2.0cm 2.0cm 3.0cm; mso-header-margin:35.45pt; mso-footer-margin:35.45pt; mso-paper-source:0;} div.WordSection1 {page:WordSection1;} /* List Definitions */ @list l0 {mso-list-id:395133966; mso-list-type:hybrid; mso-list-template-ids:-1473884096 68550671 68550681 68550683 68550671 68550681 68550683 68550671 68550681 68550683;} @list l0:level1 {mso-level-tab-stop:36.0pt; mso-level-number-position:left; text-indent:-18.0pt;} ol {margin-bottom:0cm;} ul {margin-bottom:0cm;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman","serif";} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align: right;" align="right"><i>Otávio Júlio Torres<o:p></o:p></i></p> <p style="text-align: left;" class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div> </div><ol style="margin-top: 0cm; text-align: justify;" start="1" type="1"><li class="MsoNormal">Usar a concordância para enumerar as passagens nas quais ocorre a palavra analisada;</li><li class="MsoNormal">Estabelecer os contextos em que a expressão ocorre;</li><li class="MsoNormal">Agrupar os textos nos quais a palavra ocorre, separando-os por tipos de texto ou gêneros literários;</li><li class="MsoNormal">Citar as expressões com as quais a palavra aparece mais freqüentemente. Fazer uma lista das palavras que semanticamente são afins ou contrárias à palavra analisada;</li><li class="MsoNormal">Preparar uma matriz na qual se possa agrupar as características semânticas comuns e aquelas que são diversas da palavra a confrontar;</li><li class="MsoNormal">Formular definições da palavra a partir das matizes encontradas.</li></ol> Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-40171290172946365372010-08-11T17:55:00.000-07:002010-08-11T18:00:13.357-07:00Família: padrões versus relacionamentos<meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 12"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 12"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CUsers%5Cotavio%5CAppData%5CLocal%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><link rel="themeData" href="file:///C:%5CUsers%5Cotavio%5CAppData%5CLocal%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_themedata.thmx"><link rel="colorSchemeMapping" href="file:///C:%5CUsers%5Cotavio%5CAppData%5CLocal%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_colorschememapping.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:trackmoves/> <w:trackformatting/> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:donotpromoteqf/> <w:lidthemeother>PT-BR</w:LidThemeOther> <w:lidthemeasian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:lidthemecomplexscript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> <w:splitpgbreakandparamark/> <w:dontvertaligncellwithsp/> <w:dontbreakconstrainedforcedtables/> <w:dontvertalignintxbx/> <w:word11kerningpairs/> <w:cachedcolbalance/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> <m:mathpr> <m:mathfont val="Cambria Math"> <m:brkbin val="before"> <m:brkbinsub val="--"> <m:smallfrac val="off"> <m:dispdef/> <m:lmargin val="0"> <m:rmargin val="0"> <m:defjc val="centerGroup"> <m:wrapindent val="1440"> <m:intlim val="subSup"> <m:narylim val="undOvr"> </m:mathPr></w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" defunhidewhenused="true" defsemihidden="true" defqformat="false" defpriority="99" latentstylecount="267"> <w:lsdexception locked="false" priority="0" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Normal"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="heading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="35" qformat="true" name="caption"> <w:lsdexception locked="false" priority="10" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" name="Default Paragraph Font"> <w:lsdexception locked="false" priority="0" name="Body Text"> <w:lsdexception locked="false" priority="11" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtitle"> <w:lsdexception locked="false" priority="22" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Strong"> <w:lsdexception locked="false" priority="20" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="59" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Table Grid"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Placeholder Text"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="No Spacing"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Revision"> <w:lsdexception locked="false" priority="34" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="List Paragraph"> <w:lsdexception locked="false" priority="29" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="30" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="19" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="21" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="31" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="32" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="33" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Book Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="37" name="Bibliography"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" qformat="true" name="TOC Heading"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:"Cambria Math"; panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4; mso-font-charset:1; mso-generic-font-family:roman; mso-font-format:other; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:0 0 0 0 0 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-unhide:no; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; mso-bidi-font-size:10.0pt; font-family:"Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-font-family:"Times New Roman";} p.MsoBodyText, li.MsoBodyText, div.MsoBodyText {mso-style-unhide:no; mso-style-link:"Corpo de texto Char"; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:justify; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; mso-bidi-font-size:10.0pt; font-family:"Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-font-family:"Times New Roman";} span.CorpodetextoChar {mso-style-name:"Corpo de texto Char"; mso-style-unhide:no; mso-style-locked:yes; mso-style-link:"Corpo de texto"; mso-ansi-font-size:12.0pt; font-family:"Arial","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Arial; mso-hansi-font-family:Arial;} .MsoChpDefault {mso-style-type:export-only; mso-default-props:yes; font-size:10.0pt; mso-ansi-font-size:10.0pt; mso-bidi-font-size:10.0pt;} @page WordSection1 {size:21.0cm 842.0pt; margin:3.0cm 2.0cm 2.0cm 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.WordSection1 {page:WordSection1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:11.0pt; font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Calibri; mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-theme-font:minor-fareast; mso-hansi-font-family:Calibri; mso-hansi-theme-font:minor-latin; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi;} </style> <![endif]--> <p class="MsoBodyText" style="margin-top: 6pt; text-align: right;" align="right"><i style="">Otávio Júlio Torres<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoBodyText" style="margin-top: 6pt;">Dizer que o modelo de família nuclear — pai, mãe e filhos/as — é uma instituição divina é uma afirmação contraditória, embora esta idéia seja muito difundida hoje em dia por lideranças religiosas. Primeiramente, contraditória, porque a Bíblia não apresenta apenas um modelo de constituição familiar. Ao contrário, a experiência bíblica de família testemunha uma variedade marcante de vivências. No contexto do Antigo Testamento, por exemplo, várias são as passagens que referem-se a famílias poligâmicas (em que o homem tem mais cônjuges) e clânicas (ajuntamento de diversos casais e seus respectivos filhos/as consangüíneos, provavelmente até terceira e quarta gerações, e incluía também viúvos/as, órfãos/as, escravos/as, servos/as e estrangeiros/as.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; text-align: justify;">Além dessas variações no aspecto social, os relacionamentos familiares na Bíblia também não eram vitalícios. Embora creiamos que Deus não se alegra com a divisão da família, Jesus mesmo considera a possibilidade do divórcio, da separação e desencontro de um casal (texto). Esse segundo aspecto demonstra com mais ênfase ainda a impossibilidade de a família ser uma instituição divina, pois entendemos por instituição divina apenas a Ceia do Senhor e o Batismo. Isso porque somente estes são sacramentos por ordenamento de Jesus. Dizer que algo é sagrado, divino é afirmar sua imutabilidade, sua invariabilidade, mesmo diante de mudanças históricas, humanas. </p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; text-align: justify;">Sendo assim, não é possível que a família seja uma instituição divina. A Bíblia não afirma isso! Se a família fosse de fato divina, sagrada, ou seja, indissolúvel, intocável, como os sacramentos da Ceia e o do Batismo, sem a possibilidade de sofrer mudanças a partir da vontade humana, como explicar tantas transformações encontradas no interior da família no decorrer do processo histórico da humanidade? Confessamos que desconhecemos uma resposta satisfatória a esta questão, se partirmos da concepção de que a família é uma instituição divina.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; text-align: justify;">É por acreditar que a família é uma instituição divina é que muitos cristãos e cristãs têm defendido também que existe um padrão divino para as relações familiares. Pensar que cada membro da família tem funções predeterminadas e imutáveis é uma proposta que exclui, limita e tolhe uma busca mais plena e interativa de relacionamentos conjugais e familiares que promovam a vida. Essa idéia de padrão divino para as relações familiares ainda dificulta a compreensão da graça, que proporciona ao ser humano um relacionamento mais próximo e livre com Deus e com o semelhante.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; text-align: justify;">Acredito que, em vez de lutarmos por um “padrão divino” para a família, seria mais bíblico encontrar caminhos para nossas famílias em que a vida e o bem-estar de seus membros fossem priorizados. <i style="">Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo</i> é cumprimento de toda a Lei (Mateus 22.37-40). A proposta, portanto, desta pastoral, é mostrar que a Bíblia, ao narrar relações familiares, não apresenta um modelo que deva ser seguido como uma proposta divina no decorrer de toda a história humana. Diferentemente disto, a Bíblia reafirma que a família está envolvida no processo histórico da humanidade e, nesse sentido, sofre mudanças e se reorganiza, muitas vezes, sob novas formas. Por isso, ao lermos o Antigo Testamento, podemos perceber que foi muito tranqüilo para o povo de Israel viver sob uma organização familiar poligâmica (Gênesis 16.3; 1 Samuel 1.1-2; 2 Samuel 5.13). Já no Novo Testamento, a carta a Timóteo traz uma nova orientação para o dirigente da comunidade: <i style="">O diácono seja marido de uma só mulher...</i> (1 Timóteo 3.12). </p> <p class="MsoNormal" style="margin-top: 6pt; text-align: justify;">Dessa forma, não precisamos nos espantar ao encontrar no seio de nossas Igrejas famílias constituídas por avôs e seus netos e netas, mães sozinhas com seus filhos, famílias adotivas (com crianças que não foram geradas biologicamente pelo casal), casais sem filhos, amigos que decidem morar juntos, etc. Podemos ver nesses casos não uma distorção da realidade familiar, mas novas formas de ser e estar juntos. Gosto muito de uma frase, dita por uma criança e recontada por Déa Kerr Afini, que diz: “Lar é uma porção de gentes que se amam”. Essa, sim, é a verdadeira constituição familiar, segundo o ensino do Mestre, no qual os laços de amor são a real fonte e fundamento da vida. <i style=""><o:p></o:p></i></p> Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-14508515242802337192010-08-06T09:04:00.000-07:002010-08-06T09:05:16.668-07:00Exegese, Teologia e Hermenêutica Bíblicas<meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 12"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 12"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CUsers%5Cotavio%5CAppData%5CLocal%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><link rel="themeData" href="file:///C:%5CUsers%5Cotavio%5CAppData%5CLocal%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_themedata.thmx"><link rel="colorSchemeMapping" href="file:///C:%5CUsers%5Cotavio%5CAppData%5CLocal%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_colorschememapping.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:trackmoves/> <w:trackformatting/> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:donotpromoteqf/> <w:lidthemeother>PT-BR</w:LidThemeOther> <w:lidthemeasian>X-NONE</w:LidThemeAsian> <w:lidthemecomplexscript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> <w:splitpgbreakandparamark/> <w:dontvertaligncellwithsp/> <w:dontbreakconstrainedforcedtables/> <w:dontvertalignintxbx/> <w:word11kerningpairs/> <w:cachedcolbalance/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> <m:mathpr> <m:mathfont val="Cambria Math"> <m:brkbin val="before"> <m:brkbinsub val="--"> <m:smallfrac val="off"> <m:dispdef/> <m:lmargin val="0"> <m:rmargin val="0"> <m:defjc val="centerGroup"> <m:wrapindent val="1440"> <m:intlim val="subSup"> <m:narylim val="undOvr"> </m:mathPr></w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" defunhidewhenused="true" defsemihidden="true" defqformat="false" defpriority="99" latentstylecount="267"> <w:lsdexception locked="false" priority="0" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Normal"> <w:lsdexception locked="false" priority="0" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="heading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="0" qformat="true" name="heading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="9" qformat="true" name="heading 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 7"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 8"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" name="toc 9"> <w:lsdexception locked="false" priority="0" name="footnote text"> <w:lsdexception locked="false" priority="0" name="footer"> <w:lsdexception locked="false" priority="35" qformat="true" name="caption"> <w:lsdexception locked="false" priority="0" name="footnote reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="0" name="page number"> <w:lsdexception locked="false" priority="10" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" name="Default Paragraph Font"> <w:lsdexception locked="false" priority="0" name="Body Text Indent"> <w:lsdexception locked="false" priority="11" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtitle"> <w:lsdexception locked="false" priority="22" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Strong"> <w:lsdexception locked="false" priority="20" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="59" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Table Grid"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Placeholder Text"> <w:lsdexception locked="false" priority="1" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="No Spacing"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" unhidewhenused="false" name="Revision"> <w:lsdexception locked="false" priority="34" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="List Paragraph"> <w:lsdexception locked="false" priority="29" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="30" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Quote"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 1"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 2"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 3"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 4"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 5"> <w:lsdexception locked="false" priority="60" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="61" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="62" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Light Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="63" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="64" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Shading 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="65" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="66" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium List 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="67" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 1 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="68" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 2 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="69" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Medium Grid 3 Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="70" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Dark List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="71" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Shading Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="72" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful List Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="73" semihidden="false" unhidewhenused="false" name="Colorful Grid Accent 6"> <w:lsdexception locked="false" priority="19" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="21" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Emphasis"> <w:lsdexception locked="false" priority="31" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Subtle Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="32" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Intense Reference"> <w:lsdexception locked="false" priority="33" semihidden="false" unhidewhenused="false" qformat="true" name="Book Title"> <w:lsdexception locked="false" priority="37" name="Bibliography"> <w:lsdexception locked="false" priority="39" qformat="true" name="TOC Heading"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:"Cambria Math"; panose-1:2 4 5 3 5 4 6 3 2 4; mso-font-charset:1; mso-generic-font-family:roman; mso-font-format:other; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:0 0 0 0 0 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-unhide:no; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; mso-bidi-font-size:10.0pt; font-family:"Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-font-family:"Times New Roman";} h1 {mso-style-unhide:no; mso-style-qformat:yes; mso-style-link:"Título 1 Char"; mso-style-next:Normal; margin-top:6.0pt; margin-right:0cm; margin-bottom:6.0pt; margin-left:0cm; text-align:justify; mso-pagination:none; page-break-after:avoid; mso-outline-level:1; font-size:14.0pt; mso-bidi-font-size:10.0pt; font-family:"Arial","sans-serif"; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-font-kerning:0pt; mso-bidi-font-weight:normal;} h2 {mso-style-unhide:no; mso-style-qformat:yes; mso-style-link:"Título 2 Char"; mso-style-next:Normal; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; text-align:right; text-indent:70.9pt; mso-pagination:none; page-break-after:avoid; mso-outline-level:2; font-size:12.0pt; mso-bidi-font-size:10.0pt; font-family:"Arial","sans-serif"; mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; font-weight:normal; font-style:italic; mso-bidi-font-style:normal;} p.MsoFootnoteText, li.MsoFootnoteText, div.MsoFootnoteText {mso-style-noshow:yes; mso-style-unhide:no; mso-style-link:"Texto de nota de rodapé Char"; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-font-family:"Times New Roman";} span.MsoFootnoteReference {mso-style-noshow:yes; mso-style-unhide:no; vertical-align:super;} p.MsoBodyTextIndent, li.MsoBodyTextIndent, div.MsoBodyTextIndent {mso-style-unhide:no; mso-style-link:"Recuo de corpo de texto Char"; margin-top:6.0pt; margin-right:0cm; margin-bottom:6.0pt; margin-left:0cm; text-align:justify; text-indent:70.9pt; mso-pagination:none; font-size:12.0pt; mso-bidi-font-size:10.0pt; font-family:"Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-font-family:"Times New Roman";} span.Ttulo1Char {mso-style-name:"Título 1 Char"; mso-style-unhide:no; mso-style-locked:yes; mso-style-link:"Título 1"; mso-ansi-font-size:14.0pt; font-family:"Arial","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Arial; mso-hansi-font-family:Arial; font-weight:bold; mso-bidi-font-weight:normal;} span.Ttulo2Char {mso-style-name:"Título 2 Char"; mso-style-unhide:no; mso-style-locked:yes; mso-style-link:"Título 2"; mso-ansi-font-size:12.0pt; font-family:"Arial","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Arial; mso-hansi-font-family:Arial; font-style:italic; mso-bidi-font-style:normal;} span.TextodenotaderodapChar {mso-style-name:"Texto de nota de rodapé Char"; mso-style-noshow:yes; mso-style-unhide:no; mso-style-locked:yes; mso-style-link:"Texto de nota de rodapé"; font-family:"Arial","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Arial; mso-hansi-font-family:Arial;} span.RecuodecorpodetextoChar {mso-style-name:"Recuo de corpo de texto Char"; mso-style-unhide:no; mso-style-locked:yes; mso-style-link:"Recuo de corpo de texto"; mso-ansi-font-size:12.0pt; font-family:"Arial","sans-serif"; mso-ascii-font-family:Arial; mso-hansi-font-family:Arial;} .MsoChpDefault {mso-style-type:export-only; mso-default-props:yes; font-size:10.0pt; mso-ansi-font-size:10.0pt; mso-bidi-font-size:10.0pt;} /* Page Definitions */ @page {mso-footnote-separator:url("file:///C:/Users/otavio/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_header.htm") fs; mso-footnote-continuation-separator:url("file:///C:/Users/otavio/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_header.htm") fcs; mso-endnote-separator:url("file:///C:/Users/otavio/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_header.htm") es; mso-endnote-continuation-separator:url("file:///C:/Users/otavio/AppData/Local/Temp/msohtmlclip1/01/clip_header.htm") ecs;} @page WordSection1 {size:612.0pt 792.0pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:36.0pt; mso-footer-margin:36.0pt; mso-paper-source:0;} div.WordSection1 {page:WordSection1;} /* List Definitions */ @list l0 {mso-list-id:358287316; mso-list-template-ids:-36509322;} @list l0:level1 {mso-level-tab-stop:18.0pt; mso-level-number-position:left; margin-left:18.0pt; text-indent:-18.0pt;} @list l0:level2 {mso-level-legal-format:yes; mso-level-text:"%1\.%2\."; mso-level-tab-stop:36.0pt; mso-level-number-position:left; margin-left:36.0pt; text-indent:-36.0pt;} @list l0:level3 {mso-level-legal-format:yes; mso-level-text:"%1\.%2\.%3\."; mso-level-tab-stop:36.0pt; mso-level-number-position:left; margin-left:36.0pt; text-indent:-36.0pt;} @list l0:level4 {mso-level-legal-format:yes; mso-level-text:"%1\.%2\.%3\.%4\."; mso-level-tab-stop:54.0pt; mso-level-number-position:left; margin-left:54.0pt; text-indent:-54.0pt;} @list l0:level5 {mso-level-legal-format:yes; mso-level-text:"%1\.%2\.%3\.%4\.%5\."; mso-level-tab-stop:54.0pt; mso-level-number-position:left; margin-left:54.0pt; text-indent:-54.0pt;} @list l0:level6 {mso-level-legal-format:yes; mso-level-text:"%1\.%2\.%3\.%4\.%5\.%6\."; mso-level-tab-stop:72.0pt; mso-level-number-position:left; margin-left:72.0pt; text-indent:-72.0pt;} @list l0:level7 {mso-level-legal-format:yes; mso-level-text:"%1\.%2\.%3\.%4\.%5\.%6\.%7\."; mso-level-tab-stop:72.0pt; mso-level-number-position:left; margin-left:72.0pt; text-indent:-72.0pt;} @list l0:level8 {mso-level-legal-format:yes; mso-level-text:"%1\.%2\.%3\.%4\.%5\.%6\.%7\.%8\."; mso-level-tab-stop:90.0pt; mso-level-number-position:left; margin-left:90.0pt; text-indent:-90.0pt;} @list l0:level9 {mso-level-legal-format:yes; mso-level-text:"%1\.%2\.%3\.%4\.%5\.%6\.%7\.%8\.%9\."; mso-level-tab-stop:108.0pt; mso-level-number-position:left; margin-left:108.0pt; text-indent:-108.0pt;} ol {margin-bottom:0cm;} ul {margin-bottom:0cm;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-qformat:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman","serif";} </style> <![endif]--> <h2>Otávio Júlio Torres</h2> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><b style=""><span style=""><span style="">1.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><!--[endif]--><b style="">Exegese<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;">A tarefa da exegese é interpretar os textos bíblicos em si mesmos, em seus próprios termos, sem que haja interferências históricas e conceituais da mentalidade atual<a style="" href="http://www.blogger.com/post-create.do#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style=""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style=";font-family:";font-size:12pt;" >[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>. </p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;">Ela atém-se a cada texto em particular, dando atenção ao seu contexto literário, sua tradição e a fatores extra-textuais, tais como as ciências da antropologia, sociologia, história, ontologia, epistemologia, etc.</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;">O problema da exegese é não fornecer nenhum critério para a verificação do valor de um texto. Em vista disto, a exegese estabelece o seu limite: constitui uma ciência hipotética do texto e isso implica dizer que tudo o que diz do texto depende do método de abordagem adotado. Assim, o resultado da exegese, em relação à totalidade do Cânon Bíblico, revela a existência de uma considerável pluralidade de posições teológicas dentro do conjunto dos textos bíblicos, não permitindo que se conclua que a Bíblia contenha uma só intenção teológica ou uma só experiência de Deus. Abaixo, listamos três métodos exegéticos mais utilizados hoje para a leitura dos textos bíblicos.</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm 6pt 36pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><i style=""><span style=""><span style="">1.1.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></i><!--[endif]--><i style="">Método(s) histórico –crítico(s)<a style="" href="http://www.blogger.com/post-create.do#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style=""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b style=""><span style=";font-family:";font-size:12pt;" >[2]</span></b></span><!--[endif]--></span></span></a><o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;">O método de exegese histórico-crítico propõe um estudo científico dos textos bíblicos. Fundamenta-se na dimensão histórica do texto, que pode fornecer subsídios para a sua devida interpretação. Entende que os textos bíblicos são expressões da revelação divina à humanidade em situações históricas bem concretas e definidas. E por estarem distantes de nós, tais expressões carecem de estudo e aprofundamento especiais, caso queiram ser devidamente entendidas. Essa análise histórica e contextual protege contra a prática prejudicial de extrair sentido dos textos de forma seletiva e arbitrária, priorizando e utilizando unicamente aqueles textos e versículos que coincidem com pontos de vista particulares, sem considerar o contexto original dentro do qual o sentido do texto foi inicialmente formulado e aplicado. Essa busca pelo sentido histórico original ainda protege contra a manipulação indevida do sentido dos textos por interesses ou interpretações meramente subjetivas ou determinadas por posições ideológicas ou de classe social.</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;">O cunho crítico do método, ao ler os textos, visa à correção do seu enquadramento unilateral dentro de certos dogmas ou doutrinas.</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;">A crítica aos autores bíblicos leva a sério a condição de testemunhas humanas da revelação de Deus. Não podemos ser impedidos — em princípio — de averiguar criticamente posições de apóstolos ou evangelistas, se o próprio Paulo não se furtou a criticar Pedro (Gálatas 2.11-21) e se o próprio Jesus não tivesse criticado também os seus discípulos (Marcos 4.40; 8.17-21,33; 10.35-45; 14.27-31), a sagrada tradição dos anciãos (Marcos 7.8-13) e o próprio Antigo Testamento (Mateus 5.21-48; Marcos 7.15; 10.2-12).</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;">Por fim, o método histórico-crítico entende a Bíblia como livro de expressão de fé, diferenciando o que pode ser considerado como sendo histórico-factual e aquilo que, revestido de forma histórica, procura dar testemunho de verdades cridas e vividas no discipulado. “Crítica” significa, neste sentido, fazer uso de um juízo sadio que busca pelas raízes dos textos, seja como eventos históricos que, de fato, ocorreram, seja como expressões de crenças e esperanças que cabiam proclamar.</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;">Os métodos disponíveis são muitos e se definem como ferramentas de análise e síntese para a descrição de fenômenos textuais, lingüísticos ou literários. Dentre outros citamos: Críticas Textual, Filológica, Literária, das Formas, Retórica, da Tradição, da Redação, Leitura Sociológica.</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;">Um aspecto negativo que pesquisadores têm percebido nesse método aponta para um historicismo falacioso, ou uma redução a uma apuração meramente histórica do sentido de um texto, tornando-o prisioneiro de um passado remoto.</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm 6pt 36pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><i style=""><span style=""><span style="">1.2.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></i><!--[endif]--><i style="">Método Fundamentalista<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;">Parte do pressuposto de que cada detalhe da Bíblia é divinamente inspirado pelo Espírito Santo. Por isso, ela não possuiria erros ou teologias diferentes e até contraditórias. Esse método tende a absolutizar o sentido literal da Bíblia, descartando a participação humana de seus autores, com tudo o que isto implica. O método também corre o perigo de “bibliolatria”, ou seja, de uma idolatria à letra formal dos textos. Contra isso, o apóstolo Paulo adverte que a letra, sem a motivação do espírito, pode ficar velha, ultrapassada, caduca (Romanos 7.6; 2 Coríntios 3.6). Esses textos sugerem que, a cada tempo e contexto, os textos bíblicos se renovam. Por último, a relação do próprio Cristo com as Escrituras do Antigo Testamento mostra que as situações atuais de vida podem relativizar e mesmo fazer uma crítica desses textos (Mateus 5-7; 23.23; Marcos 7.15; 10.2-12).</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;">Seu aspecto positivo parece residir em alguns fatores: 1) a seriedade com que encara a revelação de Deus por meio da sua Palavra, 2) a responsabilidade e compromisso que exige frente à sua mensagem e 3) a insistência sobre o fato de que um livro de fé dificilmente poderá ser interpretado de maneira correta sem o Espírito que rege esta mesma fé (2 Coríntios 4.6).</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm 6pt 36pt; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><i style=""><span style=""><span style="">1.3.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></i><!--[endif]--><i style="">Método semântico-estrutural<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;">Esse método está pressuposto na pesquisa da linguagem em que o texto é expresso, que remonta a uma estrutura que lhe dá sentido, graças às ciências dos signos, a semiótica. Esse método acredita que existem na linguagem estruturas universais que podem ser decifradas em qualquer época, mantendo o seu sentido original, exemplo: a lei dos opostos — afirmar uma coisa é negar o seu oposto. Assim, toda vez que, a partir do uso da linguagem, um texto faz uma afirmação, precisamos também avaliar o significado da sua negação, que não está presente nos signos do texto, mas aparece subjacente em sua estrutura. Assim, um texto é capaz de dizer o seu sentido afirmativo, mas, da mesma forma, quer explicitar um sentido negativo, flagrado em sua estrutura.</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;">Por ser um método consideravelmente novo, é bastante difícil detalhá-lo, sobretudo, por causa de seu caráter formal, quase matemático. O domínio desse método depende de um conhecimento de linguagem que excede o domínio das línguas bíblicas, pois seu objetivo é constatar as mensagens dos textos a partir de estruturas lingüísticas universais, ou seja, presentes, de modo geral, em todas as linguagens humanas observáveis.</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><b style=""><span style=""><span style="">2.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><!--[endif]--><b style="">Teologia<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;">É difícil duvidar de que os textos bíblicos são isentos de aspectos teológicos, de experiências humanas com a revelação divina. Assim, os textos bíblicos enfocam a relação entre Deus e o mundo e reivindicam verdades e valor. Qualquer conteúdo que tenha o texto, em termos de informação ou pressuposições (ex.: genealogias, histórias familiares, narrativas de cenários, etc.), sempre representa uma reivindicação de verdade, entendida teologicamente. A questão é que não somos confrontados somente com a teologia de um único texto, de uma única fonte ou livro, como analisa a exegese, mas com a totalidade da Teologia no contexto do cânon bíblico.</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;">A necessidade de uma Teologia Bíblica, então, se estabelece mediante duas razões: (1) As limitações da exegese e (2) a necessidade de uma teologia que compreenda o cânon bíblico em seu conjunto.</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;">Diante disto, a tarefa da Teologia Bíblica é fornecer o grau de verdade ou valor do conjunto do cânon bíblico. Dessa forma, propicia uma auto-evidência e validade para cada texto em particular. Assim, a Teologia Bíblica se fundamenta em um princípio de ordem dedutiva<a style="" href="http://www.blogger.com/post-create.do#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style=""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style=";font-family:";font-size:12pt;" >[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>, em que a validade do universal compreende o particular.</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;">Isso resolve o problema do cânon dentro do Cânon, ou a priorização de certos textos em detrimento de outros, como, por exemplo, dizer que a revelação do Novo Testamento é mais importante que a revelação do Antigo Testamento.</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;">Na sua tarefa interpretativa, a Teologia procurou, associada à Hermenêutica, por meio dos métodos de <i style="">decontextualização </i>e <i style="">recontextualização</i> (ou <i style="">deconstrução</i> e <i style="">reconstrução</i>, ou ainda, <i style="">deconceitualização</i> e <i style="">reconceitualização</i>) reduzir o distanciamento histórico entre os textos e seus conteúdos com a realidade histórica atual. No entanto, o resultado dessa tentativa trouxe mais problemas: a ligação direta entre o texto e nossa situação atual provocou uma hermenêutica intra-textual (interpretação de textos particulares para fundamentação de práticas e valores de caráter universais para o mundo atual) e não bíblica, gerando diversas interpretações hermenêuticas da Bíblia, constatadas na teologia moderna e na vida das igrejas.</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;">Em suma, a Teologia não se propõe a discernir a verdade e valor de cada texto específico, objetivando seu significado para a realidade atual, mas pretende chegar a resultados universais acerca da Bíblia, que validem tanto os seus conteúdos em particular, como também a possibilidade de uma Teologia Bíblica.</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;">O seu método, portanto, constitui-se na comparação dos textos bíblicos.<span style=""> </span>A verdade e o valor da Bíblia devem transparecer da comparação de seus textos. Isso significa que as teologias do Antigo e Novo Testamentos, quando comparadas, fornecem os critérios para uma Teologia Bíblica, e esta, por sua vez, constitui a verdade e o valor que, em cada texto, podem ser estabelecidos.</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;">Neste processo, a Teologia Bíblica depende dos resultados da exegese, que vão lhe mostrar que a Bíblia contém diversas teologias implícitas. E é essa diversidade teológica inviabiliza uma Teologia Bíblica auto-descritiva (segundo a qual a Bíblia se apresenta como um todo coerente, bastando apenas descrever ou tornar compreensível sua mensagem). Assim, uma vez que a própria Bíblia não se apresenta com uma teologia pronta, acabada, como um todo coerente, é que se faz necessária a construção de uma ciência — a Teologia Bíblica — que seja responsável pela tarefa de demonstrar o conjunto do cânon bíblico como um todo coerente. Por isso, faz-se necessário que a Teologia Bíblica seja construída, conceituada, gerada a partir de um conjunto de questões levantadas e respondidas por nós mesmos, a saber: o que é que constitui a verdade dos textos bíblicos? Por meio de que critérios podem ser discernidos a verdade dos textos bíblicos?</p> <p class="MsoBodyTextIndent">Essas questões, finalmente, concluem que a Bíblia não apresenta apenas uma teologia, não constitui-se num todo coerente e, com isso, definem que a Teologia Bíblica é uma ciência humana, distinta de qualquer pretensão de sacralização ou cristalização universal de seus resultados. Todavia, constitui-se num importante instrumento para a busca da validade de todo o cânon bíblico, não apenas de suas partes.</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 0cm;"><!--[if !supportLists]--><b style=""><span style=""><span style="">3.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><!--[endif]--><b style="">Hermenêutica bíblica<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;">Sua tarefa é mediar o encontro entre os enfoques dos textos bíblicos (resultados do trabalho exegético) e os de situações comparáveis de nossa realidade, tendo como ponto de partida a mútua reivindicação de verdade das partes envolvidas (deduzidas pela Teologia Bíblica). Desse modo, pressupõe os resultados da exegese e da teologia bíblicas. Sua tarefa, além disto, envolve também o encontro entre o valor dos textos bíblicos dentro do todo da Teologia (validados por seus critérios), bem como o encontro dos valores das situações particulares vivenciadas atualmente, dentro da totalidade da própria realidade (significa dizer que os fenômenos particulares devem ser validados pela realidade mais ampla que os constitui. Exemplo: uma fala política de um partido só pode ser interpretada dentro do contexto político global de que faz parte).</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;">Assim, a Hermenêutica Bíblica envolve dois sistemas de significados e suas reivindicações de verdade. Nesse encontro, cada um fala ao outro independentemente; nenhum é o único a falar. E é mediante a comparação dos dois sistemas, após seu encontro, que aparecem os critérios para estabelecer o que é fundamental (aquilo que norteia e o que tem autoridade no texto) e as orientações (estabelecimento de valores, verdades, prescrições éticas) para<span style=""> </span>realidade atual.</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;">Nessa direção, o significado de um texto não constitui necessariamente sua validade (problema da auto-descrição e interpretação)<a style="" href="http://www.blogger.com/post-create.do#_ftn4" name="_ftnref4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style=""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style=";font-family:";font-size:12pt;" >[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>. Diante dessa problemática, a questão decisiva para a Hermenêutica Bíblica é a seguinte pergunta: como estabelecer a verdade de um texto bíblico e seu discernimento dentro do contexto atual, de forma a ser experimentado e confrontado com as reivindicações de verdade próprias do mundo contemporâneo?</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt;"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm 6pt 18pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><b style=""><span style=""><span style="">4.<span style="font: 7pt "Times New Roman";"> </span></span></span></b><!--[endif]--><b style="">Bibliografia<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm 6pt 1cm; text-align: justify; text-indent: -1cm;">ESTUDOS BÍBLICOS, 32. Métodos para ler a Bíblia. Petrópolis: Vozes, São Leopoldo: Sinodal, 1991</p> <p class="MsoNormal" style="margin: 6pt 0cm 6pt 1cm; text-align: justify; text-indent: -1cm;">KNIERIM, Rolf P. A interpretação do Antigo Testamento (trad. de Paulo Pena Schütz). São Bernardo do Campo: EDITEO, 1990</p> <span style=";font-family:";font-size:12pt;" >WEGNER, Uwe e HOEFELMANN, Verner, Manual de exegese. São Leopoldo, agosto de 1997</span> <div style=""><!--[if !supportFootnotes]-->
<br /> <hr width="33%" align="left" size="1"> <!--[endif]--> <div style="" id="ftn1"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;"><a style="" href="http://www.blogger.com/post-create.do#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style=""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style=";font-family:";font-size:10pt;" >[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Todavia, sabe-se que nenhuma pesquisa é totalmente desprovida da subjetividade e participação do pesquisador. Essa constatação da Ciência levou-a a afirmar o mito da neutralidade científica. Assim, a exegese aborda o texto bíblico a partir de um distanciamento consciente.</p> </div> <div style="" id="ftn2"> <p class="MsoFootnoteText"><a style="" href="http://www.blogger.com/post-create.do#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style=""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style=";font-family:";font-size:10pt;" >[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Para uma pesquisa mais detalhada destes métodos, consulte a Revista ESTUDOS BÍBLICOS, 32. <i style="">Métodos para ler a Bíblia.</i> Petrópolis: Vozes, São Leopoldo: Sinodal, 1991.</p> </div> <div style="" id="ftn3"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;"><a style="" href="http://www.blogger.com/post-create.do#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style=""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style=";font-family:";font-size:10pt;" >[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> A lógica dedutiva estabelece a validade de uma afirmação, baseada na aceitação de uma premissa (primeiro argumento) universal, para validar um argumento final de ordem particular.<span style=""> </span>Geralmente, o argumento final é precedido de outras duas premissas anteriores. Exemplo: (1ª) Todos os homens são mortais. (2ª) Sócrates é homem. (3ª) Logo, Sócrates é mortal. Na teologia, a argumentação pressupõe o mesmo. Exemplo: (1ª) A Bíblia é verdadeira. (2ª) O livro de Gênesis está na Bíblia. (3ª) Logo, o livro de Gênesis é verdadeiro. Note que o terceiro argumento é particular, mas o primeiro argumento deduz que qualquer livro da Bíblia, em particular, é verdadeiro.</p> </div> <div style="" id="ftn4"> <p class="MsoFootnoteText" style="text-align: justify;"><a style="" href="http://www.blogger.com/post-create.do#_ftnref4" name="_ftn4" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><span style=""><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style=";font-family:";font-size:10pt;" >[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Exemplo: quando a Bíblia afirma no livro de Josué que o sol parou, na verdade, sabe-se hoje que essa afirmação está baseada na percepção cosmologia da época (apropriação da verdade pela observação contemplativa) e não por meio do critério atual,<span style=""> </span>de comprovação científica: na verdade, a única afirmação verdadeira que se pode dizer hoje, em relação ao texto, é de que tenha sido a Terra que parou e não o Sol, haja visto que o Sol é o centro de nosso sistema orbital.</p> </div> </div> Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-12683943471816547542010-08-06T08:57:00.000-07:002010-08-06T09:01:11.262-07:00A profecia em Israel<div style="text-align: right;"><span style="font-style: italic;">Otávio Júlio Torres</span><br /></div><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-weight: bold;">Introdução</span><br />Definir o ministério profético na Bíblia não é uma tarefa fácil. No Antigo Testamento, não é muito claro o que vem a ser um profeta, ou pelo menos, encontramos textos que definem esse ministério a partir de diferentes atividades por ele executadas. Segundo Deuteronômio 13.2 e 4, o profeta é aquele que interpreta sonhos. Em 1 Samuel 28.6 e 15, é aquele que consulta a Deus. Já em Amós 7.12, o profeta recebe pelo trabalho que executa, é uma profissão oficial da corte real.<br />Portanto, não é possível chegar a uma delimitação exata do ministério profético na Bíblia, nem mesmo padronizar a sua atuação dentro de sistemas que permitam uma definição uniforme da sua atividade. Todavia, este texto tem o objetivo de situar questões que podem ser observadas dentro do movimento profético bíblico, de forma que se estabeleça características gerais desse ministério dentro do cânon bíblico vetero-testamentário.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">1. Definições</span><br />A variedade da atuação profética na Bíblia é tão expressiva que não convém definir a profecia no Antigo Testamento em termos de um único ministério. É mais prudente falar em ministérios proféticos, a partir da atuação e incorporação do termo pessoal, no singular, profeta. Assim, as definições de profecia ou ministério profético apresentadas aqui serão baseadas nas características pessoais de cada profeta ou grupo de profetas, ou até mesmo, delimitas por períodos proféticos dentro do Antigo Testamento. Nesta direção, tendo como ponto de partida, uma definição bem geral, profeta é aquele que interpreta a vontade de Deus diante de circunstâncias concretas da vida de seu povo. Em linhas gerais, o profeta é aquele que denuncia e critica quando o povo se afasta de Deus e anuncia e exorta à esperança quando a situação de sofrimento e petição do povo reclama uma resposta de libertação da parte de Deus. Assim, o ministério profético na Bíblia se sustenta basicamente em dois pilares: denúncia e anúncio.<br />O profeta denuncia toda e qualquer atividade que nega o princípio da justiça divina e, ao mesmo tempo, anuncia a Palavra da parte de Deus, movido por uma esperança, nascida da sua experiência e intimidade com Deus. Nessa perspectiva, todas as pessoas chamadas por Deus são, em algum momento de seus ministérios, profetisas e profetas dele. Ou seja, colocam-se como representantes da vontade e da Palavra de Deus diante do povo.<br />O fundamento do ministério profético na Bíblia, portanto, é anunciar a salvação, a bênção de Deus, e denunciar as injustiças e pecados humanos, ou seja, proferir as sentenças de julgamento de Deus, estimulando o povo à conversão.<br />É comum ainda verificar que a profecia surge ao mesmo tempo do estabelecimento da nação de Israel, marcado pela implantação da monarquia. A razão disso está no fato de que no sistema de organização tribal, cada tribo tinha seu próprio sistema de governo e sua própria constituição religiosa, baseada na fé Javista. Neste período, que se estende até a época dos juízes, a tarefa de julgar o povo e mantê-lo dentro dos preceitos legais da Tora (livros da lei), ficava a cargo dos anciãos de cada tribo e, em tempos de crise, nas mãos dos juízes, levantados por Deus para liderar o povo.<br />Com o advento da monarquia, da unificação das tribos em torno de um rei, surgem também os profetas, que se colocam como representantes da Palavra e ação de Deus diante do rei e de todo o povo.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">2. A profecia extática</span><br />Compreende-se por profecia extática, os primeiros tempos da atuação profética da narrativa bíblica, que se estende até o século VIII a.C., quando a profecia atinge a experiência escrita, com os chamados profetas literários, que correspondem aos livros de Isaías a Malaquias, segundo o índice da Bíblia protestante.<br />A profecia extática é conhecida a partir do que chamamos de Escola de Profetas. Esta é uma nomenclatura usada para distinguir os nevi’im que surgiram antes dos profetas escritores. Estas formas anteriores de profetas no Antigo Testamento se distinguem em, pelo menos, três grupos distintos:<br />a) Grupos Extáticos - estes nevi’im andavam livremente pelo país afora, eram músicos que buscavam no êxtase um estado de transe para assim proferirem suas mensagens. Observa-se nesta categoria a presença de Saul (1 Sm 10: 5), dos profetas de Baal (1 Reis 18:19-40). À luz de I Samuel 9:9, parecem ter sido grupos religiosos patriotas de moços, aos quais Samuel procurava transformar numa força religiosa-moral, em relação às tribos, que eram ameaçadas pelas práticas religiosas de outros povos, como os filisteus(Jz 2:16-17; 1 Sm 9:16; 7:3; 10:11).<br />b) Filhos dos profetas - é uma outra forma primitiva que se formava em derredor duma figura de destaque (Eliseu, Elias), a quem chamavam de mestre ou pai, a cujos pés assentavam e aprendiam, e com quem moravam em habitações comunitárias (2 Rs 2:1).<br />c) Profetas Rituais - tinham seu lugar lado a lado com o sacerdote no culto e influenciavam também a corte real.<br />É também desse período que vem os termos que determinam a atividade profética. São eles:<br />- Navi’ = é a palavra hebraica mais usada para designar a pessoa do profeta ou sua função e significa profetizar, chamar ou proclamar(ativo). Ser profeta é ser chamado para proclamar(passivo). É bom lembrar que várias figuras nas narrativas bíblicas receberam o título de navi, como por exemplo: Abraão (Gn 20.7); Moisés (Dt 34.10) e Arão (Ex 7.1).<br />- Ro’eh e Rozeh = vidente. O profeta é também conhecido como aquele que vê aquilo que outras pessoas não vêem.ou Rozeh. O vidente tem a capacidade de revelar segredos ocultos e eventos futuros. No caso dele, ressaltam-se as visões.<br />- ’Ix (ou ’sch, ou ainda, ’ish) ha’ elohim = homem de Deus. Este título expressa a estreita associação da pessoa com Deus. Esta estreita relação dos profetas com Deus é expressa igualmente pelo nome “homem de Deus”, que quase só aparece nas narrativas sobre Samuel, Elias e Eliseu (ver 1Samuel 2:27; 9:6; 2 Reis 17:18; 4:9).<br />- bene hanebi’im = filhos dos profetas. Dizem respeito aos discípulos que se reunião junto ao homem de Deus (’ix ha’ elohim, 2 Rs 2.3,5,7,15; 4.1,38).<br />É importante, pois, perceber que o vocábulo “ministério profético” no Antigo Testamento nos leva a generalizações. Falar de profeta, a partir de uma unidade literária definida, é uma ilusão. Nas fontes bíblicas, o uso dos termos acima descritos é feito indistintamente para referir-se a atividades realizadas no contexto da ação divina. Gerhard Von Rad exemplifica que Gad exerce às vezes as funções de “vidente de Davi” (hozeh, 2 Sm 24.11), às vezes a de “profeta” (navi’, 1 Sm 22.5). Amós é chamado “vidente” (hozeh) por Amatsia, e ele responde que não é “profeta” (navi’, Am 7.12). Em 1 Samuel 9.9, “profeta” e “vidente” (ro’eh) são considerados como sinônimos; mas constata-se que o uso das palavras evoluiu com o tempo (veja mais adiante no item 2.2. A profecia histórica). Em 1 Reis 13 fala-se de um “homem de Deus” vindo de Judá, enquanto seu colega vindo de Betel leva o título de “profeta”; mais adiante, o texto elimina esta distinção, fazendo dizer ao homem de Judá: “também eu sou profeta como tu” (1Rs 13.18).<br />A profecia extática ainda é definida a partir da atuação pública do profeta que se estabelece em termos individuais. Ou seja, o profeta, no exercício do seu ofício, não atua nacionalmente, mas limita-se em pequenas atividades, sobretudo milagrosas (como exemplo, ler as narrativas que encerram os profetas Elias e Eliseu). Além disso, a confirmação de sua atividade está alicerçada na constatação da possessão da divindade, que torna possível seus feitos sobrenaturais. Às vezes, as experiências extáticas causavam certo espanto (1Sm 10.5ss) e entendia-se ser contagioso; podia transmitir-se a qualquer um simplesmente pelo fato de se aproximar de um grupo de inspirados (1 Sm 10.18ss). Até o século VIII, com os primeiros profetas literários, era comum um linguajar que utilizava palavras como “espumar” ou “babar” no sentido de “profetizar” (Am 7.16; Mq 2.6,11). Também se designava um profeta pelo temo de meschuga (louco, 2Rs 9.11).<br /><br /><span style="font-weight: bold;">3. A profecia histórica</span><br />Diz respeito a um tipo de literatura ou estilo literário encontrado na Bíblia. No caso, do Antigo Testamento corresponde à segunda parte do Cânon Protestante. Quatro profetas maiores e os doze profetas menores escritos entre os séculos VIII e V antes de Cristo. Contém uma vasta coletânea de oráculos divinos. Os termos menores e maiores relacionam-se com o tamanho dos escritos e não com a sua importância. Este tipo de literatura deve ser lida a partir dos períodos históricos demarcados pelos textos e, por isso, a grande dificuldade dos leitores da profecia é compreender corretamente a função e a forma dessa profecia. Cada profeta literário tinha sua própria maneira de compreender a história, baseado em tradições antigas, como a Aliança, o Êxodo, as tradições de Sião, etc., para daí interpretar a Palavra de Deus para o seu tempo. O profeta volta ao passado para tirar alguma lição, para comprovar alguma situação no presente (Jr 23. 13-15), a capacidade de ver, analisar a história passada e se colocar diante de Deus, com a convicção de que a Palavra de Deus se fez ouvir em seu interior, para depois transmitir ao povo. Nos profetas literários, enfatizam-se as palavras (Isaías 30:10), mais acentuadamente que as experiências extáticas, sobrenaturais.<br />A profecia histórica é caracterizada pela utilização da escrita, que tornava possível ao profeta proferir seus oráculos em momento posterior à sua experiência com Deus (Jr 36.1-6; 45.1-5). Neste sentido, há uma tendência acentuada em definir o ministério do profeta a partir do termo navi’ em detrimento aos outros encontrados até a atividade de Amós e Miquéias, do século VIII. Para os profetas literários, a validade da sua profecia se encontra mais vinculada à palavra falada do que qualquer outra experiência. Por isso, raramente se verá no profetismo literário experiências extáticas.<br />A base do ministério profético literário, na comunicação da Palavra de Deus, acontece mediante a denúncia e o anúncio situados historicamente. Em linhas gerais, os profetas denunciam a injustiça nos tribunais, o comércio ilícito, a escravidão, tributos e impostos, roubo, assassinatos, luxos e riquezas à custa do trabalhador empobrecido, contra o direito legal dos órfãos e viúvas (Am 2.8; 3.9-11,15; 4.15.1,10-12,15; 6.1,4-7;8.4-6; Is 1.10-17,21-26; 3.12,14,16-4.1; 5.23; 9.1-6;10.1-4; 11.1-9; 32.1-8).<br />Em vista disso, destacam-se as seguintes características da profecia histórica:<br />- Não é simples predição.<br />- É proclamação das intenções de Javé em relação a seu povo e ao mundo.<br />- Pressupõe um certo auditório, destinatário; dirige-se a um público particular, responde a uma determinada situação e, neste sentido, não se fundamenta em abstrações. Implica tempo e lugar bem determinados.<br />- É pregação dirigida a um momento determinado da história de Israel. Por isso, é preciso conhecer tal momento para compreendê-la (Is 28.23-29).<br />- Está ligada à história. Pressupõe uma aliança entre Javé e Israel. Assume a missão de confirmar a validade desse pacto e lembrar suas implicações. Transmite a cada geração a Palavra que Javé outrora deu aos patriarcas, a atualiza e reavalia em função das diferentes situações, nas quais o povo se encontra (Is 51.1-2).<br />- Intervém nas horas críticas da história, quando Israel se desvia de Javé e sucumbe a todas as tentações oferecidas pelo mundo em redor. A profecia retifica e corrige o povo de Deus. Recoloca-o diante da Palavra divina, chamando-o à fé e exigindo que tome decisões imediatas, que decidirão seu futuro.<br />Baseado nestas considerações, Severino Croatto, define o profeta literário, como aquele que “interpreta a vontade de seu Deus em circunstâncias concretas da vida de seu povo, denuncia e critica quando este se desvia e se afasta de Javé, anuncia e exorta à esperança quando se converte ou quando a situação de sofrimento reclama uma promessa de libertação” .<br /><br /><span style="font-weight: bold;">4. As três linhas de ação dos profetas </span><br />O apelo à conversão e à mudança feito pelos profetas passa por três caminhos: os caminhos da justiça, da solidariedade e da piedade (experiência pessoa com Deus). Não se trata de três caminhos distintos, como se cada profeta pudesse escolher o caminho que mais lhe agrada, deixando de lados os dois outros. Mas, os três são unidos entre si. Um caminho não é possível sem os outros dois.<br />Justiça sem solidariedade e sem piedade torna-se mera ação política sem humanidade e não atinge o mais profundo do ser humano. Politiza e endurece a ação. Vence a razão, mas não atinge o coração.<br />Solidariedade sem justiça e sem piedade, torna-se mera filantropia como a de clubes humanitários, muitas vezes, a serviço da manutenção de sistemas que geram empobrecimento. Correr esse risco, é levar a consciência ao engano, neutralizar o grito do pobre e impedir o surgimento da justiça no seio da comunidade.<br />Piedade sem justiça e sem solidariedade torna-se mística alienada, sem fundamento na realidade e sem fundamento na tradição da Bíblia. Ofende a Deus, pois o transforma em ídolo e engana as pessoas empobrecidas, que se fazem submissos à injustiça.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Conclusão</span><br />Podemos concluir que:<br />- O ministério profético se manifesta na Bíblia, a partir de diferentes experiências. Isso acontece, pois, a profecia se destina a responder a questões que estão acontecendo na vida e história humana. Trata-se da intervenção divina no mundo, por meio de seus profetas.<br />- Na história bíblica, há diversas posturas proféticas. Encontramos os profetas que anunciam a Deus por intermédio de operações milagrosas a pessoas específicas, como no caso do ministério de Elias e Eliseu (profecia extática). Também há profetas que atuam a partir da proclamação da Palavra de Deus, dirigida à nação, aos seus líderes ou a pessoas em particular (profecia histórica).<br />- A mensagem dos profetas bíblicos sempre tem o objetivo de conduzir o povo a Deus, seja pela palavra de julgamento (advertência seguida de sentença e chamado ao arrependimento) ou proclamação do perdão e bênção de Deus.<br />- A atuação profética também mostra um forte engajamento político e social. O profeta fala ao rei e à liderança do povo, advertindo-os a cumprirem fielmente seus ministérios, segundo as orientações de Deus.<br />- Finalmente, cabe aqui uma palavra aos profetas de hoje, àqueles que são fiéis às palavras dos profetas bíblicos e falam em nome de Deus. É muito comum, hoje em dia, ouvirmos pessoas se colocarem na condição dos profetas bíblicos e trazerem novidades em relação à palavra revelada na Bíblia, dizendo ter recebido revelação nova de Deus, como profeta. As escrituras bíblicas nos alertam quanto a esse tipo de falso profeta, quando Jesus afirma no evangelho de Mateus 11.11, 13-15: “Digo-lhes a verdade: Entre os nascidos de mulher não surgiu ninguém maior do que João Batista;... Pois todos os Profetas e a Lei profetizaram até João. E se vocês quiserem aceitar, este é o Elias que havia de vir. Aquele que tem ouvidos ouça!”. Assim, qualquer nova profecia que surja, ou seja, qualquer nova palavra ou novo profeta que exceda, em sua palavra, a profecia e os profetas bíblicos devem ser tomados por falsos, enganadores (Mateus 24.11; 24.24; 1 João 4.1), “cordeiros vestidos de lobo” (Mateus 7.15).<br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Bibliografia</span><br />Revista de Interpretação Bíblica Latino-ammericana (RIBLA). Os livros proféticos: a voz dos profetas e suas releituras. Sinodal: São Leopoldo, Vozes: Petrópolis, 2000<br />Em Marcha. O ministério dos profetas no Antigo Testamento. Imprensa Metodista: São Paulo, 1993<br />CRB. A leitura profética da história. Publicações CRB: Rio de Janeiro, Loyola: São Paulo, 1994 (Coleção: Tua Palavra é Vida, 03)<br />CROATTO, José Severino. <span style="font-weight: bold;">A estrutura dos livros proféticos. As releituras dentro do corpus profético</span>. In: RIBLA. Os livros proféticos: a voz dos profetas e suas releituras. Petrópolis: Vozes, São Leopoldo: Sinodal, 2000<br />VON RAD, Gerhard. Teologia do Antigo Testamento II. São Paulo: ASTE, 1986<br /></div>Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-77634461313785716582010-07-29T21:20:00.000-07:002010-07-29T21:36:59.085-07:00Toda Escritura é divinamente inspirada para o ensino...<div style="text-align: right; font-style: italic; font-family: georgia;"><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";color:black;" >Otávio Júlio Torres</span></span></span></span></span></span></span></span></span><span style="font-size:100%;"><br /></span></div><span style="color: rgb(255, 0, 0); font-family: georgia;font-family:Garamond BookCondensed;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";color:black;" ><br /></span></span></span></span></span></span></span></span></span><div style="text-align: justify; font-family: georgia;"><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";color:black;" >Alusivo ao dia da Bíblia.</span></span></span></span></span></span></span></span></span><span style="font-size:100%;"><br /></span></div></div><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";color:black;" ><br />Nunca se fez tão necessário, como nos dias de hoje, apegar-se às palavras das Escrituras bíblicas, como Timóteo é orientado a fazê-lo (2 Timóteo 3.14-17). Dias marcados pelo enfraquecimento e desvalorização da Escola Dominical (como lugar privilegiado para o estudo da Bíblia); dias marcados pelo esvaziamento dos ambientes destinados ao estudo bíblico. Isto é tão notório que há confissões cristãs surgidas e baseadas, exclusivamente, em celebrações cúlticas de oração e libertação.</span></span></span></span></span></span></span></span></span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";color:black;" > </span></span></span></span></span></span></span></span></span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";color:black;" > C</span><span style=";color:black;" >ertamente, este é um serviço importante a ser prestado pela Igreja em dias de "multidões de ovelhas sem pastor", como bem destacou Jesus. Entretanto, também não deve ser relegado ao segundo plano ou descartado o valor que Jesus reservou ao ensino. Os estudiosos da Bíblia concordam amplamente que Jesus tenha dedicado, nos relatos dos Evangelhos, cerca de 50% do seu tempo ao ensino das Escrituras. Os outros 50% foram dedicados à evangelização (pregação do Reino) e à libertação (operação de sinais e maravilhas). </span></span></span></span></span></span></span></span></span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";color:black;" > </span></span></span></span></span></span></span></span></span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";color:black;" > Dito isto, é nosso objetivo neste texto, dedicado às comemorações do Dia da Bíblia, partilhar, à luz do metodismo, dois enfoques possíveis de interpretação bíblica: (1) A interpretação dos textos bíblicos a partir de nossa experiência de fé, ou seja, no contexto da nossa vida diária; e (2) a interpretação da Bíblia a partir de procedimentos científicos, que procuram desvendar o sentido que o texto representava para o local, época e comunidades nos quais foi formulado.</span></span></span></span></span></span></span></span></span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";color:black;" > </span></span></span></span></span></span></span></span></span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";color:black;" > O primeiro enfoque consiste numa abordagem prática, direcionada a captar a mensagem dos textos para o hoje da fé e do discipulado. E o segundo é uma tarefa que tem na ciência o seu fundamento. Não obstante, ambos são contemplados positivamente no ambiente dos escritos bíblicos (Lucas 1.1-4; Atos 7.22; 1 Pedro 3.15).</span></span></span></span></span></span></span></span></span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";color:black;" > </span></span></span></span></span></span></span></span></span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";color:black;" > </span><span style=";color:black;" >Na história do Metodismo, vemos também essas duas vertentes. Como declararam Carlos e João Wesley: "Vamos unir duas coisas há tempos separadas: a ciência e a piedade vital".</span><span style=";color:black;" >João Wesley dizia que nenhuma formulação teológica, por melhor estruturada que fosse, poderia ser anterior à vivência da fé e do amor, na vida cristã: "Quanto mais deve ser o amor preferido... à própria verdade sem amor" (Sermões I). No entanto, isso não significa que ele fosse indiferente à questão da verdade, alimentando atitudes pietistas extremadas ou avessas à reflexão teológica. Para Wesley, a compreensão teológica nos serve como instrumento a serviço da fé e da vida cristãs.</span></span></span></span></span></span></span></span></span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";color:black;" > </span></span></span></span></span></span></span></span></span><span style="font-size:100%;"><br /></span><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-size:100%;" ><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(255, 0, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);"><span style=";color:black;" > A Bíblia é, para Wesley, a autoridade suprema e definitiva em termos de reflexão teológica. Todavia, ele evita sabiamente enveredar pelos caminhos tortuosos da exegese (explicação interpretativa) literalista e do biblicismo. E, por isso, desenvolveu uma estrutura teológica bem configurada, seguindo passos e procedimentos metodológicos bastante nítidos, que conhecemos como quadrilátero metodista, tendo a Bíblia ao centro:</span></span></span></span></span></span></span></span></span><span style="font-size:100%;"><br /><br /></span></div><table class="MsoTableGrid" style="border: medium none; border-collapse: collapse;" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0"><tbody><tr><td style="border: medium none rgb(240, 240, 240); padding: 0cm 5.4pt; background-color: transparent; width: 144.05pt;" valign="top" width="192"><span style="font-family: 'Tahoma','sans-serif';"><span style="font-size:100%;">Experiência</span></span></td> <td style="border: medium none rgb(240, 240, 240); padding: 0cm 5.4pt; background-color: transparent; width: 144.05pt;" valign="top" width="192"><span style="font-family: 'Tahoma','sans-serif';"></span><br /> </td> <td style="border: medium none rgb(240, 240, 240); padding: 0cm 5.4pt; background-color: transparent; width: 144.1pt;" valign="top" width="192"><span style="font-family: 'Tahoma','sans-serif';"><span style="font-size:100%;">Razão</span></span></td> </tr> <tr> <td style="border: medium none rgb(240, 240, 240); padding: 0cm 5.4pt; background-color: transparent; width: 144.05pt;" valign="top" width="192"><span style="font-family: 'Tahoma','sans-serif';"></span><br /> </td> <td style="border: medium none rgb(240, 240, 240); padding: 0cm 5.4pt; background-color: transparent; width: 144.05pt;" valign="top" width="192"><span style="font-family: 'Tahoma','sans-serif';"><span style="font-size:100%;"> </span></span><span style="font-family: 'Tahoma','sans-serif';"><span style="font-size:100%;">Bíblia</span></span></td> <td style="border: medium none rgb(240, 240, 240); padding: 0cm 5.4pt; background-color: transparent; width: 144.1pt;" valign="top" width="192"><span style="font-family: 'Tahoma','sans-serif';"><span style="font-size:100%;"> </span></span></td> </tr> <tr> <td style="border: medium none rgb(240, 240, 240); padding: 0cm 5.4pt; background-color: transparent; width: 144.05pt;" valign="top" width="192"><span style="font-family: 'Tahoma','sans-serif';"><span style="font-size:100%;"> </span></span><span style="font-family: 'Tahoma','sans-serif';"><span style="font-size:100%;">Criação</span></span></td> <td style="border: medium none rgb(240, 240, 240); padding: 0cm 5.4pt; background-color: transparent; width: 144.05pt;" valign="top" width="192"><span style="font-family: 'Tahoma','sans-serif';"><span style="font-size:100%;"> </span></span></td> <td style="border: medium none rgb(240, 240, 240); padding: 0cm 5.4pt; background-color: transparent; width: 144.1pt;" valign="top" width="192"><span style="font-family: 'Tahoma','sans-serif';"><span style="font-size:100%;"> </span></span><span style="font-family: 'Tahoma','sans-serif';"><span style="font-size:100%;">Tradição</span></span></td></tr></tbody></table><div style="text-align: center; font-family: georgia;"><table class="MsoTableGrid" style="border: medium none; border-collapse: collapse;" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0"><tbody> <tr> <td color="transparent" style="border: medium none rgb(240, 240, 240); padding: 0cm 5.4pt;" valign="top" width="192"><br /></td> <td color="transparent" style="border: medium none rgb(240, 240, 240); padding: 0cm 5.4pt;" valign="top" width="192"><br /></td> </tr> <tr> <td color="transparent" style="border: medium none rgb(240, 240, 240); padding: 0cm 5.4pt;" valign="top" width="192"><br /></td><td color="transparent" style="border: medium none rgb(240, 240, 240); padding: 0cm 5.4pt;" valign="top" width="192"><br /></td></tr></tbody></table></div><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:Garamond BookCondensed;font-size:6px;" ><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:Garamond BookCondensed;font-size:6px;" ><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:Garamond BookCondensed;font-size:6px;" ><span style=";font-family:Garamond BookCondensed;font-size:130%;" ><span style=";font-family:Garamond BookCondensed;font-size:130%;" ><span style=";font-family:Garamond BookCondensed;font-size:130%;" ><span style=";font-family:Garamond BookCondensed;font-size:130%;" ><span style="font-family:Garamond BookCondensed;"><span style="font-family:Garamond BookCondensed;"><span style="font-family:Garamond BookCondensed;"><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:Garamond BookCondensed;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:Garamond BookCondensed;font-size:6px;" ><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:Garamond BookCondensed;font-size:6px;" ><span style="color: rgb(255, 0, 0);font-family:Garamond BookCondensed;font-size:6px;" ><span style=";font-family:Garamond BookCondensed;font-size:130%;" ><span style=";font-family:Garamond BookCondensed;font-size:130%;" ><span style=";font-family:Garamond BookCondensed;font-size:130%;" ><span style=";font-family:Garamond BookCondensed;font-size:130%;" ><span style="font-family:Garamond BookCondensed;"><span style=";font-family:Garamond BookCondensed;font-size:100%;" ><span style="color: rgb(0, 0, 0);font-family:tahoma,arial,helvetica,sans-serif;font-size:100%;" ><div align="justify"><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" >A tradição, para Wesley, significava a valorização da experiência histórica da Igreja Cristã. Ele considerava sua formação anglicana, reafirmava o valor dos escritos antigos da Igreja, bem como os concílios e credos ecumênicos dos Reformadores. Mas, entendia que o significado pleno da fé em Cristo não pode ser compreendido unicamente por meio do conhecimento da tradição. Daí, o valor inestimável da experiência.</span><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > </span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > A experiência atualiza a convicção viva da transformação que Cristo realiza em nós (João 9.25). Wesley, entretanto, também sabia que somente a experiência pessoal é insuficiente para uma interpretação bíblica responsável. Uma teologia construída exclusivamente na experiência dá margem para o subjetivismo e o fanatismo.</span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > </span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > </span><span style="font-family: georgia;font-family:'Garamond BookCondensed','serif';color:red;" ></span><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" >Por isso, a razão desempenha um papel insubstituível na reflexão teológica e na experiência da fé. Ela equivale ao bom senso ou ao senso comum humano. Ela evita os exageros de determinadas aplicações de textos bíblicos que não consideram, por exemplo, o seu contexto próprio, que indica as particularidades de seu uso. Ele recomenda: "Faça à razão tudo o que ela pode; usai-a até onde ela pode ir".</span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > </span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > </span><span style="font-family: georgia;font-family:'Garamond BookCondensed','serif';color:red;" ></span><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" >Por último, Wesley destaca que a Criação de Deus também se nos apresenta como critério para compreendermos a revelação divina (Salmo 19.1). Salienta que, ao observarmos a Criação, adquirimos algum conhecimento de Deus.</span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > </span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > </span><span style="font-family: georgia;font-family:'Garamond BookCondensed','serif';color:red;" ></span><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" >No seu prefácio aos Sermões, Wesley apresenta resumidamente seu método interpretativo. Os textos entre parênteses e em negrito são destaques nossos:</span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > </span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > "Há alguma dúvida acerca do significado do que leio? Alguma coisa parece obscura e de difícil compreensão? Elevo o meu coração para o Pai das luzes: Senhor - não é palavra tua? - 'se alguém tem necessidade de sabedoria, peça-a a Deus'. Tu a dás 'liberalmente e sem recriminações'. Tu disseste: 'se alguém quiser fazer a tua vontade conhecerá'. Desejo fazê-la; deixa-me conhecer a tua vontade <strong>(neste trecho aparece o uso da experiência pessoal de Wesley com Deus)</strong>. Então, busco e pondero passagens paralelas da Escritura, 'conferindo coisas espirituais com espirituais' <strong>(aqui aparece o uso da Bíblia)</strong>. Medito nelas, com toda a atenção e determinação de que minha mente é capaz <strong>(uso da razão)</strong>. Se alguma dúvida ainda permanece, consulto os que são experimentados nas coisas de Deus e, depois, os escritos pelos quais, mesmo mortos, ainda falam <strong>(uso da tradição)</strong>. Aquilo que assim aprendo, isso ensino."</span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > </span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > </span><span style="font-family: georgia;font-family:'Garamond BookCondensed','serif';color:red;" ></span><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" >Concluindo, é mister lembrar a advertência deixada em Hebreus 4.12: "Porque a palavra de Deus é... mais cortante do que qualquer espada de dois gumes". E uma espada em mãos erradas - seja nas mãos de quem não sabe manuseá-la, seja na mão de quem a usa para praticar o mal - pode gerar a morte. Assim, Dave Hunt, em seu livro "Escapando da Sedução", alerta a igreja sobre o perigo de, no desejo sincero de comunicar o Evangelho, cair no modernismo. Isto é, transformar a mensagem do Evangelho numa pregação aceitável pelas pessoas com a adoção de ideias do mercado consumista, revestidas de um vocabulário bíblico, para oferecê-las como verdades do Evangelho para o mundo. Por isso, em nossa comemoração ao dia da Bíblia, vale a pena destacar o método wesleyano, visando evitar leituras das Escrituras contrárias ao próprio Evangelho nelas anunciado.</span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > </span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > </span><span style="font-family: georgia;font-family:'Garamond BookCondensed','serif';color:red;" ></span><span style="font-weight: bold; font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" >Glossário:</span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > </span><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" ></span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > Exegese: Explicação interpretativa da Bíblia que obedece a procedimentos científicos. Exemplo: Filologia (estudo das línguas originais, hebraico e grego), Crítica Textual (analisa e sugere correções aos diversos manuscritos dos textos da Bíblia), Crítica Literária (estuda os textos sob o ponto de vista da sua produção literária - autoria, estilo de redação, coesão e estrutura interna do texto, etc.).</span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > </span><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" ></span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > Biblicismo: Apego exagerado à Bíblia para explicar todos os fatos passados, presentes e futuros. A Bíblia conteria, assim, as respostas a todas as questões, sem considerar as limitações próprias de tempo, cultura e espaço experimentados pelos autores bíblicos.</span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > </span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > </span><span style="font-family: georgia;font-family:'Garamond BookCondensed','serif';color:red;" ></span><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" >Exegese literalista: Credibilidade total à letra do texto bíblico, sem perguntar pelo contexto gerador do escrito e sua intenção.</span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > </span><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" ></span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > Fanatismo: Excessivo zelo religioso, que nega a voz da razão; adesão cega a uma doutrina.</span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > </span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > </span><span style="font-family: georgia;font-family:'Garamond BookCondensed','serif';color:red;" ></span><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" >Pietista: palavra que remete a um grupo religioso dos tempos de Wesley e desde os primeiros reformadores. Sua ênfase era a piedade pessoal, com amplo uso de jejuns, orações, e obras de misericórdia, como assistência aos pobres, órfãos, viúvas, etc. Sua ênfase nas questões morais era muito elevada. Eram radicais em sua busca de perfeccionismo e seu nível de exigência quanto à fé e à prática era muito elevado.</span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > </span><br /><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" > </span><span style="font-family: georgia;font-family:'Garamond BookCondensed','serif';color:red;" ></span><span style="font-family: georgia;font-family:'Tahoma','sans-serif';color:black;" >Subjetivismo: Sistema de pensamento relativo à pessoa que somente admite suas ideias como verdadeiras, mesmo que não haja fundamentação ou argumentação que as valide.</span><span style="font-family: georgia;font-family:'Garamond BookCondensed','serif';color:red;" ></span><span style="font-family: georgia;font-family:'Garamond BookCondensed','serif';color:red;" ></span><br /><span style=";font-family:'Garamond BookCondensed','serif';color:red;" > </span></div></div></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span></span>Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-16759385521862910902010-07-29T08:11:00.000-07:002010-07-29T08:14:08.071-07:00Planeta Terra: o que será dele no fim dos tempos?<div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;">Texto em resposta a essa pergunta, elaborada por um membro da igreja.<br /></div><br />Bem, como metodistas, o que mais nos importa é a pregação da salvação, é levar as pessoas a Jesus Cristo. As diferenças doutrinárias são importantes para nos ajudar entender o caminho que percorremos na fé, mas não é fundamento, ou seja o mais importante. O critério da Salvação em Cristo é para nós, metodistas, portanto, o único ponto em que não podemos pensar ou agir diferente. Quanto às demais coisas e interpretações doutrinárias, podemos variar, sabendo, porém, que segundo a maneira com que interpretamos, nos comportamos no mundo e diante das pessoas.<br /><br />Com base nisso, a pergunta que fizeram a vc não é uma questão fundamental para a vida Cristã. Apenas se trata de uma pergunta de cunho de curiosidade e, portanto, nem mesmo a Palavra de Deus lhe dá muita importância.Quanto a isso, quero destacar dois textos bíblicos que justificam o que digo:<br /><br />Deuteronômio 29.29: “As coisas encobertas são para o SENHOR, nosso Deus; porém as reveladas são para nós e para nossos filhos, para sempre, para cumprirmos todas as palavras desta lei”. O Senhor, na Bíblia, não nos revela exatamente o que será da Terra, após a vinda de Jesus. E esse versículo nos chama a atenção para que a gente cuide de não buscar saber aquilo que Deus não revelou. Na história da Igreja, muitos erros foram cometidos, exatamente, porque homens e mulheres, até mesmo, com a melhor das intenções buscaram saber e dizer das coisas do alto, baseados em conjecturas e sabedoria humana. O resultado disso foram muitos desvios, culminando em vãs doutrinas. A disciplina da Escatologia Bíblica (que trata dos assuntos do fim), a partir de estudos sérios, aqueles que fazem conjecturas das Escrituras, mas buscam apenas afirmar o que elas permitem e dão a conhecer, não enveredam pelo caminho dessa pergunta que fizeram a vc, ou seja, sobre o que será do Planeta Terra, após a vinda de Jesus (As Testeminhas de Jeová têm trazido muita confusão sobre esse assunto em suas doutrinas. Na verdade, o que estão fazendo é desobedecer o que diz Deuteronômio 29.29). Portanto, o melhor a fazer é seguir esse conselho bíblico. Mesmo as coisas reveladas só tem o objetivo de obedecermos ao que Deus nos manda fazer para a nossa santificação, salvação.... Assim, entendo que Deus não revelou nada sobre o que será do Planeta Terra, exatamente porque isso não contribui em nada para a nossa salvação ou para a nossa santificação.<br /><br />Apocalipse 21:1: “Então vi um novo céu e uma nova terra, pois já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.” Versículo simples e claro. Deus não se importa em falar do que será do Planeta Terra, mas do lugar que ele está preparando para os salvos, sem muitos detalhes. O apóstolo Paulo fez questão de salientar a esse respeito que “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.” (1 Coríntios 2:9). Assim, mesmo em relação àquilo que será da vida com Deus, o Pai não entra em detalhes conosco, só nos faz saber que será muito melhor do que podemos imaginar.Penso que a melhor resposta que vc poderia dar é compartilhar a fé do Evangelho e viver em santidade para testemunhar a salvação e a vida em Cristo.<br /><br />Um abraço,<br /><br /><br /><span style="font-style: italic;">Pr. Otávio Júlio Torres</span><br /><span style="font-style: italic;">Igreja Metodista</span><br /></div>Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-88751461634919901762010-07-27T09:54:00.000-07:002010-07-27T12:25:44.186-07:00Pregação na IM Santo Amaro - Integridade<object width="400" height="300"><param name="allowfullscreen" value="true" /><param name="allowscriptaccess" value="always" /><param name="movie" value="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=6746603&server=vimeo.com&show_title=1&show_byline=1&show_portrait=0&color=&fullscreen=1" /><embed src="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=6746603&server=vimeo.com&show_title=1&show_byline=1&show_portrait=0&color=&fullscreen=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" width="400" height="300"></embed></object><p><a href="http://vimeo.com/6746603">INTEGRIDADE - Rev.Otávio Júlio Torres</a> from <a href="http://vimeo.com/user2214611">Odair Carrer</a> on <a href="http://vimeo.com">Vimeo</a>.</p>Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-21296146331114400832010-07-27T09:44:00.000-07:002010-07-27T09:47:29.213-07:00Sermão: A novidade de Deus na vida de uma família<div style="text-align: justify;">Título: A novidade de Deus na vida de uma família<br />Texto bíblico: Lucas 15.15-20<br />Categoria: sermão temático<br /><br /><div style="text-align: right;"><span style="font-style: italic;">Otávio Júlio Torres</span><br /></div><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Introdução</span><br />Ao olhamos para a vida das famílias brasileiras, percebemos que elas vivem tempos de muitas mudanças e variadas experiências. A base da família hoje é composta de pai, mãe e filhos/as. É a chamada família nuclear. Durante muito tempo esse modelo de família foi considerado o ideal, o padrão por excelência. Muitosainda dizem ser este o padrão bíblico, divino, para a família. No entanto, notaremos no sermão de hoje que, independente da constituição familiar à qualpertencemos, siga ela ou não o padrão de família nuclear, Deus deseja fazer-se presente e, ainda mais, pretende promover uma novidade no seu seio. Não importase a família que você pertence esteja ou não em conformidade com aquilo quemuitos têm transmitido como o modelo ideal.<br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Os modelos de família no contexto bíblico</span><br />Mesmo quando abrimos nossas Bíblias, é importante notar a variedade de modelos de família. No Antigo Testamento impera o modelo patriarcal, em que o homem pode ter diversas mulheres. Podemos citar o exemplo da família de Samuel. Seu pai tinha duas mulheres, Ana, mãe de Samuel, e Penina (1 Samuel 1). Outro exemplo bastante expressivo é o do rei Salomão. 1 Reis 11.1 narra que Salomão amou muitas mulheres e o versículo deste mesmo capítulo especifica que ele teve setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas. Davi, seu pai, homem que agradou o coração de Deus e ficou conhecido como o maior de todos os reis de Israel, também desposou várias mulheres.<br /><br />Com o passar dos séculos, a maioria das sociedades perceberam que esse modelo de família não era muito bom, pois as muitas desigualdades entre seus membros trazia grandes problemas. 1 Samuel 1 relata alguns desses problemas: Eucana era um marido dividido. Amava a Ana, mas recompensava a Penina, que lhe dava filhos (socialmente, os filhos, sobretudo do sexo masculino, garantiam a posteridade do nome do pai e da sua herança). Ana, por sua vez, se sentia inferior a Penina, por não poder dar filhos a Eucana. Já Penina, aproveitava a sua situação de ser mãe de filhos e, portanto, de ser socialmente mais importante,e oprimia a Ana. Por outro lado, o texto relata que Eucana amava só a Ana. Que tragédia de família!<br /><br />Por isso, mesmo que a carta de 1 Timóteo 3.12 admoesta aos diáconos para que sejam maridos de uma só mulher. Entendo ter sido esse um dos grandes avanços da sociedade mundial no que diz respeito à instituição familiar.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Proposição</span><br />A família abençoada por Deus é só aquela composta por pai, mãe e filhos/as? Ou o amor de Deus está acima deste modelo socialmente aceito e apregoado como único padrão bíblico para instituição familiar?<br /><br /><span style="font-weight: bold;">O exemplo da parábola que Jesus conta</span><br />No tempo de Jesus, as famílias também sofriam mudanças. Ao contar a parábola do filho pródigo, em que Jesus quer destacar a novidade da graça e da salvação do reino de Deus na vida de uma pessoa, porque não dizer de uma família, ele faz uso de um modelo que havia no seu tempo. E, por sinal, muito comum hoje também: A família que Jesus usa na parábola é composta do pai e de dois filhos.<br /><br />Diante deste texto, a pergunta que me inquieta é a seguinte: Por que Jesus, ao contar a parábola, oculta a presença da mãe? Será porque o objetivo que pretendia era exclusivamente narrar o amor de Deus por todas as pessoas, indistintamente de seus erros e pecados? Será porque, no sentido da história, o papel da mãe e da mulher não era necessário? Bem, o texto não menciona. Portanto, não passaria de conjectura qualquer conclusão que chegássemos a esse respeito. Por isso mesmo, o que nos importa, por hora, é destacar que Jesus faz uso de uma constituição familiar comum à sociedade do seu tempo. Considerando a religião, a cultura e organização social judaica do primeiro século, podemos concluir que a falta da mãe na parábola podia-se justificar por dois acontecimentos distintos: tratava-se de um homem viúvo ou divorciado. Neste último caso, naquele tempo, os filhos pertenciam juridicamente ao pai.<br /><br />A primeira grande novidade que desperta a minha atenção nesse texto é que Jesus não tem preconceitos e não reprova, do ponto de vista religioso ou divino, um modelo de família “incompleto”, para falar dos intentos divinos. E isso está de acordo com a conclusão central da parábola: destacar que o amor e a graça divina acolhem a todos que desejam retornar a ele, independentemente de sua condição pessoal ou familiar.<br /><br />É importante que eu seja bem compreendido no que estou pretendendo dizer. O fato de Jesus não usar, na parábola, o exemplo de uma família com pai, mãe e filhos, não significa que ele reconheça e aprove qualquer constituição familiar. Certamente, principalmente no contexto da sociedade atual, é um desejo e um ideal da maioria das pessoas constituir uma família composta de todos os seus membros, pai, mãe, filhos/as. Todavia, é preciso que se desmistifique a afirmação de que Deus somente abençoa ou se agrada da família que obedece a esse padrão, como muitos têm dito por aí. Certamente foi sintomático aos ouvintes da parábola notar a falta da presença da mulher, da mãe na história daquela família. Inclusive, do ponto de vista religioso daquela época, a explicação mais provável para esse caso já foi citado: ou o homem é viúvo ou divorciado (era permitido ao homem judeu, por lei mosaica, repudiar sua mulher).<br /><br />Por isso, digo ser uma novidade a atitude de Jesus. E o mais incrível é que, no desfecho da parábola, Jesus dá a entender que a falta da mãe não impediu a felicidade da família, ainda que o filho mais velho não tenha visto com bons olhos a atitude do pai com o filho mais novo. No entanto, ao que parece, o final da história dessa família tem tudo para dar certo. O pai demonstrou seu amor e tem ambos os filhos em sua casa. O filho mais moço amadureceu com as experiências negativas que viveu no mundo e percebeu que ninguém o ama mais do que seu pai e o filho mais velho aprendeu que dentro de casa não é apenas um administrador e zelador dos bens da família, mas recebeu de seu pai a declaração de que tudo ali também lhe pertencia. A benção foi completa na vida daquela família.<br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Considerações finais</span><br />É precisovoltar à proposição deste sermão: Afinal, só está debaixo da bênção de Deus aspessoas, cujas famílias seguem o modelo nuclear?<br /><br />Como vimos no texto bíblico apresentado, ao falar da bênção de Deus, Jesus não se ateve em usar o modelo da família nuclear. Isso nos leva a concluir que Deus não se limita em abençoar somente as famílias compostas por pai, mãe e filhos/as. No texto, o mais importante, é o AMOR. E, por amor, Deus, em Cristo venceu o pecado humano, para nos conceder a salvação gratuita. Se podemos falar em padrão bíblico, apenas o amor é colocado como o cumprimento de toda a lei, como disse Jesus. Jesus também afirmou: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a praticam.”<br /><br />Uma advertência: Aqui não estou me posicionando contra a família nuclear. Não! Inclusive, pertenço a uma família nuclear. Tenho esposa e duas filhas. E é uma bênção. É muito bom saber que posso compartilhar minha vida com minha esposa e minhas filhas. No entanto, o amor de Deus é maior que o pecado que levou pessoas a se separarem. Deus as ama. Deus quer abençoá-las e fazer delas pessoas salvas e remidas em Cristo Jesus.<br /><br />Com este sermão, quero afirmar que o amor e a bênção de Deus estão sobre todas as pessoas que, pela fé, o aceitam. Reconstruir suas vidas familiares ou viver sob outros modelos, que não sejam de relações homesexuais (que transgridem a natureza de gênero e, portanto, frustram a criação divina), não afasta a bênção de Deus e o próprio Deus de perto das pessoas.<br /><br />Dessa forma, não precisamos nos espantar ao encontrar no seio de nossas Igrejas famílias constituídas por avôs e seus netos e netas, mães sozinhas com seus filhos, famílias adotivas (com crianças que não foram geradas biologicamente pelo casal), casais sem filhos, etc. Podemos ver nesses casos não uma distorção da realidade familiar, mas novas formas de ser e estar juntos. Gosto muito de uma frase, dita por uma criança e recontada por Déa Kerr Afini, que diz: “Lar é uma porção de gentes que se amam”. Essa, sim, é a verdadeira constituição familiar, segundo o ensino do Mestre, no qual os laços de amor são a real fonte e fundamento da vida.<br /><br />Deus seja louvado! </div>Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-14493183872245148572010-07-23T09:58:00.000-07:002010-07-23T09:59:52.552-07:00A respeito da forma do batismo cristão<p style="text-align: right;" class="MsoNormal" align="right"> <em>Otávio Júlio Torres</em><em><br /></em> </p> <p style="text-align: justify;" class="MsoNormal" align="justify">O batismo cristão é um sinal da regeneração ou novo nascimento. Não deve ser entendido como ato de remissão de pecados. Na verdade, todos os textos bíblicos do NT narram que ele é aplicado na seqüência, exatamente como sinal da regeneração, do novo nascimento, e não como condição para isso. Portanto, é um momento posterior ao arrependimento. Os Cânones da Igreja Metodista assim definem o batismo: “O batismo é o sinal visível da graça invisível de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual nos tornamos participante da comunhão do Espírito Santo e herdeiros da vida eterna” (Cânones da Igreja Metodista, 2002, p.61). </p> <p style="text-align: justify;" class="MsoNormal" align="justify"> Neste texto, o nosso objetivo é apresentar aos cristãos que praticam a aspersão, como forma de batismo, e que são questionados sobre a sua validade, argumentos bíblicos que corroboram em favor desta prática. Mas, não é do interesse deste texto refutar a prática batismal por imersão ou derramamento. O nosso entendimento é de que não é a forma que determina a validade do sacramento, mas a conversão pessoal que conduz ao Novo Nascimento em Cristo Jesus. </p> <p style="text-align: justify; text-indent: -21.75pt; margin-left: 39.75pt;" class="MsoNormal" align="justify"> <span><span>1.<span style="font: 7pt 'Times New Roman';"> </span></span></span>O termo imersão não aparece nos relatos bíblicos. Por outro lado, quando se trata de ritual de purificação, no Antigo Testamento, o termo aspersão (ou aspergir) aparece sempre. A Bíblia dos primeiros cristãos era as Escrituras, termo usado no Novo Testamento para referir-se ao Antigo Testamento. Por mais ou menos 1500 anos o batismo tinha sido administrado por aspersão e derramamento (ou efusão). O modo dos judeus se purificarem era por derramamento e aspersão, bem como o recebimento do Espírito de Deus (Números 8:5-7; Isaias 44.3-4; Ezequiel 36:25-27; Joel 2:28-29). São expressões tão comuns na Bíblia que, ao consultar uma concordância, derramamento e aspersão aparecem mais de 200 vezes. Os judeus aspergiam as pessoas e o livro com água (Hb 9.19-20 — é um texto do NT, usando o AT como exemplo de purificação ou remissão, v.22). Sobre a prática judaica da purificação, lemos ainda na passagem do casamento em Caná da Galiléia que “haviam ali seis talhas de pedra, que os judeus usavam nas purificações” (João 2.6). Nessas cerimônias as águas tinham de ser puras e, portanto de rios de águas correntes. Águas de piscinas, cisternas ou lagos não eram usadas, até por uma questão de higiene. </p> <p style="text-align: justify; text-indent: -21.75pt; margin-left: 39.75pt;" class="MsoNormal" align="justify"> <span><span>2.<span style="font: 7pt 'Times New Roman';"> No</span></span></span> Novo Testamento, o batismo está em referência ao recebimento do Espírito Santo, que <strong><em>desce</em></strong> sobre a pessoa. Didática e ritualmente falando, lembra a aspersão e não a imersão. Ainda há vários textos em Atos que colocam o ato do batismo no ambiente da casa (Atos 9.17-18; 10.22,47-48), em horário inapropriado para a imersão (Atos 16.25,33), em lugar público deJerusalém, onde só havia cisterna (Atos 2.37-39). Paulo, por exemplo, foi batizado em casa e de pé, segundo a narrativa de Atos 9.17-18). </p> <p style="text-align: justify; text-indent: -21.75pt; margin-left: 39.75pt;" class="MsoNormal" align="justify"> <span><span>3.<span style="font: 7pt 'Times New Roman';"> </span></span></span>O caso João Batista. Em Atos 11.15-16, lemos: <em>“... caiu o Espírito Santo sobre eles... Então, me lembrei da palavra do Senhor, quando disse: João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo.” </em>O Espírito descia sobre as pessoas. Daí, fica a pergunta: Porque Pedro comparou o batismo com o Espírito Santo com o batismo de João? Provavelmente porque João batizava com água da mesma forma que o Espírito Santo descia sobre as pessoas, ou seja, aspergindo água sobre a cabeça das pessoas. Tanto no NT, como no AT, a manifestação do Espírito de Deus ocorre como aspersão; Ele desce sobre as pessoas e não emerge as pessoas nEle. Assim, é difícil interpretar a expressão “com água” por imersão, uma vez que a expressão “com o Espírito Santo” lembra a aspersão (leia Atos0 1.5; Isaias 32.15). Isto faz referência à mentalidade do povo. Se Israel não conhecia, como ritual, a prática da imersão, como se explica a mudança de mentalidade? Que textos bíblicos propõem isso? Ademais, é um erro, como propõem os defensores da imersão, traduzir o termo grego <em>baptizo</em> por <em>imergir</em>. Na verdade, se o fosse assim, em nossas Bíblias esse termo grego não era apenas transliterado para o português, à semelhança de sua pronuncia em grego, por batizar, mas deveria aparecer a palavra traduzida imergir. A confusão provém de seu uso na cultura Greco-romana, em que <em>baptizo</em> refere-se aos banhos públicos de purificação que essas culturas realizavam a seus deuses. Neste aspecto, é mais prudente ficar com a tradição judaica da aspersão. Nesta direção, há uma citação do Wikipédia, que vale a pena ressaltar: “A questão é que, se João Batista estivesse fazendo algo novo naquele contexto, os levitas e sacerdotes teriam justificativa para contestar o que estava sendo praticado. Pelo contrário, João Batista, era da linhagem sacerdotal (filho do sacerdote Zacarias) e a sua prática no rito de purificação não se chocava com a Lei e nem com os Profetas. Quando os discípulos de Jesus discutiram com os discípulos de João Batista sobre a "purificação", eles estavam se referindo ao batismo (João 3:25-26). Aliás, estes versos fazem a associação direta do verbo batizar com as purificações do Antigo Testamento presentes na Lei, nos Salmos e nos Profetas, tanto como ato de consagração como de purificação em si” (fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Aspersão) </p> <p style="text-align: justify; text-indent: -21.75pt; margin-left: 39.75pt;" class="MsoNormal" align="justify"> <span><span>4.<span style="font: 7pt 'Times New Roman';"> </span></span></span>Ainda há um elemento histórico a ser considerado. A pergunta que se faz é a seguinte: Quando aparece na História da Igreja a primeira referência a batismo por imersão? Certamente, surge com os movimentos dos anabatistas, bem posterior à prática da Igreja Primitiva e cristã. </p> <p style="text-align: justify;" class="MsoNormal" align="justify"> <strong>Conclusão:</strong> </p> <p style="text-align: justify;" class="MsoNormal" align="justify"> O Novo Testamento, ao nos conduzir a Cristo (Gálatas 3:24), nos aponta para o batismo por aspersão. Contudo, entendo que não é a quantidade de água ou a formalidade do ato, mas o que o batismo representa para o batizando e para a comunidade em que se insere. O autor do livro aos Hebreus, afirma: “<em>aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo sido aspergidos os corações de má consciência e lavado o corpo com água pura”</em>, fato que deveria ocorrer no batismo. Aqui encontramos tanto o aspergir como o lavar. Assim, a essência não está no modo de aplicação do batismo, mas na fé e na manutenção de um coração purificado, nascido de novo em Cristo Jesus, diante de Deus.<strong><br /></strong> </p> <p style="text-align: justify;" class="MsoNormal" align="justify"> <strong><br />Para pensar:</strong><br />1. Se a imersão fosse o único modo de batismo aceito por Deus, muitas pessoas nas regiões geladas do norte e nos lugares desertos como o Saara, onde não se poderia obter água suficiente, não poderiam ser batizadas. Também pessoas doentes e hospitalizadas, ao se converterem, estariam impedidas de serem batizadas. Portanto, Deus teria ordenado uma impossibilidade?” </p> <p style="text-align: justify;" class="MsoNormal" align="justify"> 2. Muitas pessoas no tempo de Paulo e dos apóstolos davam mais importância a ordenanças exteriores, como a circuncisão, as lavagens (purificações), batismos, etc., do que à obra do Espírito Santo. Por isso, Paulo afirmava: “Graças a Deus que não batizei a nenhum de vós, senão a Crispo e Gaio” (1Co 1.14) e “Cristo não me enviou a batizar mas a pregar o evangelho” (1Co 1.17). O batismo era um assunto tão tranqüilo para Cristo e os primeiros Cristãos que não há sequer um sermão sobre o assunto no Novo Testamento. Pergunta: se o batismo cristão é por imersão e a prática do rebatismo é bíblica, onde lemos que os discípulos foram rebatizados ou imergidos em água. Quem lhes deu o batismo cristão (entendendo este por imersão)? Se o batismo por imersão é o batismo bíblico para os cristãos e para Deus, não seria de fundamental importância, as Escrituras do Novo Testamento narrarem o exemplo dado pelos apóstolos em seu batismo? Afinal de contas, eles eram da religião do judaísmo e assim, só conheciam o batismo pela aspersão. </p>Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-27613996171100381992010-07-23T09:56:00.000-07:002010-07-23T09:58:01.272-07:00A intencionalidade<div style="text-align: right;"><span style="font-style: italic;">Otávio Júlio Torres</span><br /> </div><p style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; line-height: 200%; text-indent: 70.9pt;" class="MsoNormal"> A noção de intencionalidade, para Merleau-Ponty, só é compreensível no desenvolvimento da redução fenomenológica. A intencionalidade em Husserl é estabelecida a partir da noção de consciência, que é o resultado ou a somatória das vivências ou atos intencionais. Todavia, Husserl nega categoricamente a noção de uma consciência representativa. A consciência está voltada para fora, para o objeto e, no entanto, transcende-se e permanece inadequada ao seu objeto. Mas ela também está voltada para o resultado do seu ato, para o sentido da essência intuída. Em vista disto, Husserl distingue a intencionalidade do ato, correspondente aos juízos e tomadas de posição do ser humano, e a intencionalidade operante: </p> <p style="text-align: justify;" class="corpo2"> ...aquela que forma a unidade natural e antepredicativa do mundo e de nossa vida, que aparece em nossos desejos, nossas avaliações, nossa paisagem, mais claramente do que no conhecimento objetivo, e fornece o texto do qual nossos conhecimentos procuram ser a tradução em linguagem exata<a name="_ftnref2" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/A-intencionalidade-b1-p36.htm#_ftn2" title="_ftnref2"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><strong><span style="font-family: 'Courier New'; font-size: 12pt;">[2]</span></strong></span><!--[endif]--></span></span></a>. </p> <p style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; line-height: 200%; text-indent: 70.9pt;" class="MsoNormal"> Nessa direção, a intencionalidade deixou de ser propriedade de uma consciência, de um indivíduo, para ser uma maneira única de existir das coisas, do mundo. Como já foi dito anteriormente, a consciência deixou de abarcar ou possuir o mundo, para tornar-se parte do projeto dele, enquanto se move em direção a ele, na tentativa de exprimi-lo. </p> <p style="margin: 8pt 0cm; text-align: justify; line-height: 200%; text-indent: 70.9pt;" class="MsoNormal"> Para Merleau-Ponty, é na relação intencional com o mundo que o sujeito encontra-se inserido no sentido histórico: "Porque estamos no mundo, estamos <em>condenados ao sentido,</em> e não podemos fazer nada nem dizer nada que não adquira um nome na história"<a name="_ftnref3" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/A-intencionalidade-b1-p36.htm#_ftn3" title="_ftnref3"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Courier New'; font-size: 12pt;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>. Portanto, a intencionalidade é que torna possível o surgimento do sentido humano, na relação estabelecida com o mundo e os outros. </p> <p style="margin: 8pt 0cm; text-align: justify; line-height: 200%; text-indent: 70.9pt;" class="MsoNormal"> Mediante a redução, chega-se à concepção da intencionalidade que traz à consciência a existência de algo. Existência que não se perde no acaso ou apenas é adquirida por acidente, mas é sempre vivida em relação, em <em>coexistência</em>. A intencionalidade aponta para um mundo múltiplo de essências e, ao revelá-las, leva à distinção de diversas categorias, conforme suas próprias estruturas, de acordo com seus próprios sentidos. </p> <p style="text-align: justify;" class="corpo2"> Finalmente, ao retomar esses fundamentos, Merleau-Ponty conclui que o mundo fenomenológico é não o ser puro, mas o sentido que transparece na intersecção de minhas experiências, e na intersecção de minhas experiências com aquelas do outro, pela engrenagem de umas nas outras;<span> </span>ele é, portanto, inseparável da subjetividade e da intersubjetividade que formam sua unidade pela retomada de minhas experiências passadas em minhas experiências presentes, da experiência do outro na minha.<a name="_ftnref4" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/A-intencionalidade-b1-p36.htm#_ftn4" title="_ftnref4"><span class="MsoFootnoteReference"><span><span class="MsoFootnoteReference"><strong><span style="font-family: 'Courier New'; font-size: 12pt;">4</span></strong></span><!--[endif]--></span></span></a>. </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="corpo2"> Assim sendo, a tarefa da fenomenologia, para Merleau-Ponty, é propor uma abertura ao mundo vivido, antes de sua significação. Retornar ao mundo da vida, ao solo dos encontros interpessoais, do sentido da história humana. É repor as essências na existência. É possibilitar ao ser humano descobrir-se em sua facticidade, em seu corpo próprio, que relaciona-se consigo mesmo, com o mundo e com o outro. </p> <span style="font-family: 'Courier New'; font-size: 12pt;"></span> <div> <hr width="33%" size="1"> <div id="ftn1"> <p style="text-align: justify;" class="MsoFootnoteText"> <a name="_ftn1" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/A-intencionalidade-b1-p36.htm#_ftnref1" title="_ftn1"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Courier New'; font-size: 10pt;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Maurice Merleau-Ponty. <em>Fenomenologia da percepção</em>, p.15 </p> </div> <div id="ftn2"> <p style="text-align: justify;" class="MsoFootnoteText"> <a name="_ftn2" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/A-intencionalidade-b1-p36.htm#_ftnref2" title="_ftn2"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Courier New'; font-size: 10pt;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Ibidem, p.16 </p> </div> <div id="ftn3"> <p class="MsoFootnoteText"> <a name="_ftn3" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/A-intencionalidade-b1-p36.htm#_ftnref3" title="_ftn3"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Courier New'; font-size: 10pt;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Ibidem, p.18 </p> </div> <div id="ftn4"> <p style="text-align: justify;" class="MsoFootnoteText"> <a name="_ftn4" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/A-intencionalidade-b1-p36.htm#_ftnref4" title="_ftn4"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: 'Courier New'; font-size: 10pt;">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Ibidem, p.18 </p> </div> </div>Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-56971934457941708062010-07-23T09:53:00.000-07:002010-07-23T09:56:03.342-07:00As bases fenomenológicas da filosofia de Merleau-Ponty<p style="margin: 6pt 0cm; text-align: right; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%;" class="MsoNormal"> <span style="font-style: italic;">Otávio Júlio Torres </span></p> <p style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%;" class="MsoNormal"> O tempo atual é marcado por muitas questões relativas ao corpo. Descobre-se o genoma humano, decifra-se o DNA, órgãos são reproduzidos em laboratório, as ciências médicas avançam na superação das doenças, a cosmética cresce em abrangência, em busca do corpo perfeito. O corpo aparece coisificado, um objeto para um fim alheio a ele, e até mesmo um obstáculo a ser vencido em si mesmo. </p> <p style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%;" class="MsoNormal"> Em meio a tantas distorções e usos do corpo, a Fenomenologia de Merleau-Ponty vem sendo vista como uma nova possibilidade, um novo olhar, não só para a Filosofia, como para as ciências em geral. </p> <p style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%;" class="MsoNormal"> Assim, o propósito desta monografia é apresentar o corpo na fenomenologia merleau-pontyana. Um corpo que se apresenta como fonte originária de todas as experiências humanas obtidas do contato com o mundo. Merleau-Ponty desenvolve tal fenomenologia, em especial, em sua tese <em>Fenomenologia da Percepção,</em> em 1945, tratado com o qual ele obteve o grau de Doutor em Filosofia. </p> <p style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%;" class="MsoNormal"> Sua trajetória sempre esteve ligada a profundos estudos de Filosofia. Nascido em 1908, foi aluno da <em>École Normale Supérieure </em>de 1926-1930, quando conheceu aqueles que, com ele, formariam a “geração existencialista” dos anos 40 e 50. Desenvolveu grande amizade com Sartre e Simone de Beauvoir, amizade que sofreu uma crise quando Merleau-Ponty criticou Sartre na obra <em>As aventuras da Dialética</em>. </p> <p style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%;" class="MsoNormal"> Sua obra <em>Signes (Sinais)</em> marca a passagem do filósofo de uma perspectiva fenomenológica para uma investigação ontológica. </p> <div style="text-align: justify;"> Suas primeiras obras estavam nitidamente vinculadas à fenomenologia Husserliana, embora procurasse a cada passo minimizar o papel constituinte da consciência e outorgar à relação corpo sensível — mundo sensível o poder doador de significados que Husserl atribuía ao Sujeito Transcendental. A partir de <strong>Signes</strong>, Merleau-Ponty encaminha-se para a ontologia como região pré-reflexiva, selvagem e bruta, de onde emergem as categorias reflexivas. A filosofia — reflexão — deve voltar às origens da própria reflexão e descobrir seu solo anterior à atividade reflexiva e responsável por ela. Essa região é o “logos do mundo estético”.<a name="_ftnref1" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/As-bases-fenomenologicas-da-filosofia-de-Merleau-Ponty-b1-p32.htm#_ftn1"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-style: normal;"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; font-family: 'Courier New';">[1]</span></span></span></span></span></a></div><p class="corpo2"><a name="_ftnref1" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/As-bases-fenomenologicas-da-filosofia-de-Merleau-Ponty-b1-p32.htm#_ftn1"><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-style: normal;"><span><!--[endif]--></span></span></span></a> </p> <p style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%;" class="MsoNormal"> Merleau-Ponty é um crítico profundo do humanismo, por causa da dicotomia sujeito-objeto que constitui, para ele, subjetivismo filosófico e objetivismo científico. Decorrente dessa dicotomia, as coisas se tornam representações constituídas pelo sujeito. O mundo passa a ser o conceito, ou a idéia do mundo. Realidades se tornam cada vez menos reais. </p> <p style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%;" class="MsoNormal"> Merleau-Ponty, diante disso, busca o questionamento entre filosofia e ciência, enseja o questionamento de seus conceitos fundamentais, propõe um novo ponto de partida: a compreensão das origens da filosofia e da ciência. Ele promove, assim, em seus escritos, a “noção de uma consciência perceptiva solidária com o corpo, enquanto corpo próprio ou vivido, maneira pela qual nos instalamos no mundo, ganhando e doando significação”<a name="_ftnref2" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/As-bases-fenomenologicas-da-filosofia-de-Merleau-Ponty-b1-p32.htm#_ftn2"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; font-family: 'Courier New';">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>. </p> <p style="margin: 8pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%;" class="MsoNormal"> Para apresentar o pensamento de Merleau-Ponty a respeito do corpo, em sua fenomenologia, a presente monografia está dividida em três partes. O primeiro capítulo aborda as bases fenomenológicas de Merleau-Ponty. Inicialmente, estabelece-se o conceito de fenomenologia, desde suas origens semânticas, percorrendo o pensamento kantiano e Husserliano. É a partir de Husserl que Merleau-Ponty desenvolve sua fenomenologia, sendo que, no seu desenvolvimento, termina por tomar rumos próprios de reflexão. </p> <p style="margin: 8pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%;" class="MsoNormal"> No segundo capítulo, são tratados dois aspectos principais: a abordagem fenomenológica do corpo, por parte de Merleau-Ponty, e as implicações filosóficas decorrentes de tal abordagem. É estabelecida uma comparação entre a Fisiologia Mecanicista e a proposta de Merleau-Ponty, bem como a questão da percepção, consciência e representação. Por fim, são vistos os aspectos decorrentes da colocação do corpo como fonte originária do ser no mundo. </p> <p style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%;" class="MsoNormal"> No terceiro e último capítulo, são apresentadas, em linhas gerais, as contribuições da filosofia merleau-pontyana para as ciências humanas. A partir do prisma da fenomenologia do corpo, as ciências humanas vêm se esforçando para dar ao corpo um tratamento diferenciado daquele que dantes davam. Será possível perceber uma mudança na forma como essas ciências concebem o corpo, frente à descoberta fenomenológica do mesmo. </p> <p style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%;" class="MsoNormal"> Assim, o corpo, a partir de Merleau-Ponty, deixa de ser encarado como mero objeto, passando a ser um paradigma para as novas reflexões. As ciências dialogam com a Fenomenologia e, desse diálogo, surge uma revisão de conceitos e posturas, considerando a intencionalidade operante do corpo. </p> <span style="font-size: 12pt; line-height: 200%; font-family: 'Courier New';"><br /></span> <div> <!--[if !supportFootnotes]--><br /><hr width="33%" size="1"> <!--[endif]--> <div id="ftn1"> <p style="text-align: justify;" class="MsoFootnoteText"> <a name="_ftn1" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/As-bases-fenomenologicas-da-filosofia-de-Merleau-Ponty-b1-p32.htm#_ftnref1"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; font-family: 'Courier New';">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Maurice Merleau-Ponty. <em>Textos selecionados</em> (seleção de textos de Marilena de Souza Chauí). 2.ed. São Paulo: Abril Cultural, 1984 (Os Pensadores), p.VIII </p> </div> <div id="ftn2"> <p class="MsoFootnoteText"> <a name="_ftn2" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/As-bases-fenomenologicas-da-filosofia-de-Merleau-Ponty-b1-p32.htm#_ftnref2"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; font-family: 'Courier New';">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Ibidem, p.XI </p> </div> </div>Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-20653476173464487082010-07-23T09:50:00.000-07:002010-07-23T09:53:05.018-07:00O que é Fenomenologia?<div style="text-align: right;"><span style="font-style: italic;">Otávio Júlio Torres</span><br /> </div><p style="margin: 6pt 0cm; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%; text-align: justify;" class="MsoNormal"> Tratar a Fenomenologia como filosofia é uma tarefa que excede à simples compreensão do termo em caráter terminológico. </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="margin: 6pt 0cm; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%; text-align: justify;" class="MsoNormal"> Em uma análise etimológica, a palavra Fenomenologia é o estudo ou a ciência do fenômeno, de tudo aquilo que aparece. Sua raiz vem do grego <em>phainomenon</em>, o que aparece e brilha. A partir dessa origem, faz Fenomenologia qualquer pessoa que descreva a maneira de uma coisa aparecer. No entanto, a história do termo mostra-se bem mais esclarecedora do que sua mera análise etimológica. </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="margin: 6pt 0cm; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%; text-align: justify;" class="MsoNormal"> O termo Fenomenologia já aparece nas filosofias de Kant e Hegel. Kant utiliza-se dessa palavra em 1770, numa carta a J. H. Lambert, para designar a disciplina propedêutica que deve preceder a metafísica. Mais adiante, em 1772, reutiliza o termo na carta que escreve a Marcus Herz, para esboçar o plano da obra que, após um longo período, aparecerá em 1781, sob o título de <em>Crítica da Razão Pura.</em> Segundo a carta de Kant a Herz, a primeira seção da referida obra deveria intitular-se <em>A Fenomenologia Geral,</em> embora Kant a tenha chamado de <em>Estética Transcendental.</em> Todavia, uma fenomenologia não está ausente na crítica kantiana. </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="margin: 6pt 0cm; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%; text-align: justify;" class="MsoNormal"> Ao fazer uma investigação da estrutura do sujeito e das funções do Espírito, Kant se dá por tarefa descrever o domínio do aparecer ou o fenômeno, com objetivo de limitar as pretensões do conhecimento que, por atingir apenas o fenômeno, não pode jamais almejar se tornar conhecimento do ser ou do absoluto. </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="margin: 6pt 0cm; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%; text-align: justify;" class="MsoNormal"> Todavia, é em Hegel, na <em>Fenomenologia do Espírito (1807),</em> que o termo entra definitivamente na tradição filosófica. A fenomenologia de Hegel difere da de Kant no que diz respeito à concepção das relações entre o fenômeno e o ser ou o absoluto. Segundo Hegel, a fenomenologia é uma filosofia do absoluto, do Espírito, ao permitir uma retomada do caminho que o Espírito percorre no desenrolar da História. A fenomenologia, pois, para Hegel, não tem por escopo construir uma filosofia na qual a verdade do absoluto se enuncia fora ou à parte da experiência humana, mas mostrar como o absoluto está presente em cada momento dessa experiência. </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="margin: 6pt 0cm; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%; text-align: justify;" class="MsoNormal"> Até aqui, fica evidente que a fenomenologia trata-se apenas de uma propedêutica à ontologia; sua tarefa é revelar todo o material que o filósofo terá de pensar, para esclarecer sua ordem oculta e dizer sua significação. Por isso, não seria a fenomenologia kantiana nem a hegeliana que se perpetuariam no século XX, sob a forma da filosofia que traz o nome de Fenomenologia. É Edmund Husserl (1859-1938) o verdadeiro iniciador desse movimento. Husserl deu conteúdo novo a uma palavra já antiga<a name="_ftnref1" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/O-que-e-Fenomenologia-b1-p33.htm#_ftn1" title="_ftnref1"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; font-family: 'Courier New';">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>. É baseado, portanto, em Husserl, que Merleau-Ponty desenvolverá sua filosofia. </p><div style="text-align: justify;"> </div><h2 style="text-align: justify;"><a name="_Toc530846285" title="_Toc530846285"></a>1.2. A fenomenologia como filosofia</h2><div style="text-align: justify;"> </div><p style="margin: 5pt 0cm; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%; text-align: justify;" class="MsoNormal"> A Fenomenologia, como filosofia, estuda as essências, incluindo todos os problemas que as definem. Pretende repor o estudo das essências na existência. Assim, as essências devem ser compreendidas a partir de suas próprias facticidades<a name="_ftnref2" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/O-que-e-Fenomenologia-b1-p33.htm#_ftn2" title="_ftnref2"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; font-family: 'Courier New';">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>. Nessa direção, Husserl define a Fenomenologia como uma filosofia transcendental, na medida em que coloca em suspenso todas as afirmações da atitude natural e das ciências particulares. </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="margin: 5pt 0cm; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%; text-align: justify;" class="MsoNormal"> É uma filosofia para qual o mundo é uma presença que já está sempre aí, antes mesmo da reflexão. Todo o esforço fenomenológico, portanto, consiste em reencontrar esse contato ingênuo com o mundo, para, somente depois, construí-lo filosoficamente. Por isso, é uma filosofia que pretende ser uma ciência exata, um relato do espaço, do tempo, do mundo vividos, por exemplo. É a tentativa de uma descrição direta da experiência humana, na sua relação com o mundo, tal como ela é, sem nenhuma consideração à sua origem psicológica ou a explicações causais que as ciências possam fornecer. Ou seja, trata-se de descrever, não de analisar ou explicar. É uma filosofia que pretende voltar "às coisas mesmas". </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="corpo2"> Retornar às coisas mesmas é retornar a este mundo anterior ao conhecimento do qual o conhecimento sempre <strong>fala,</strong> e em relação ao qual toda determinação científica é abstrata, significativa e dependente, como a geografia em relação à paisagem – primeiramente nós aprendemos o que é uma floresta, um prado ou um riacho.<a name="_ftnref3" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/O-que-e-Fenomenologia-b1-p33.htm#_ftn3" title="_ftnref3"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><strong><span style="font-size: 12pt; font-family: 'Courier New';">[3]</span></strong></span><!--[endif]--></span></span></a> </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="margin: 6pt 0cm; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%; text-align: justify;" class="MsoNormal"> Trata-se, diz Merleau-Ponty, de uma descrição pura, que exclui a reflexão e a explicação científica. </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="corpo2"> “O real deve ser descrito, não construído ou constituído.” Isso quer dizer que não posso assimilar a percepção com as sínteses que são da ordem do juízo, dos atos e da predicação.<a name="_ftnref4" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/O-que-e-Fenomenologia-b1-p33.htm#_ftn4" title="_ftnref4"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><strong><span style="font-size: 12pt; font-family: 'Courier New';">[4]</span></strong></span><!--[endif]--></span></span></a> </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="margin: 6pt 0cm; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%; text-align: justify;" class="MsoNormal"> É uma negação de quaisquer sínteses ou resultados propostos pelas ciências. O mundo ou o real, deixa de ser um objeto constituído, um resultado científico, para ser a base, o meio natural e o campo de todos os pensamentos e percepções humanas. </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="margin: 6pt 0cm; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%; text-align: justify;" class="MsoNormal"> <span> </span>Para Merleau-Ponty, retornar às coisas mesmas não se identifica, portanto, com o objeto da ciência, nem se alcança pelo esforço da consciência interior humana. Mas é a volta ao mundo anterior à reflexão, ao irrefletido, ao mundo vivido, sobre o qual a ciência se constrói. </p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="margin: 6pt 0cm; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%; text-align: justify;" class="MsoNormal"> Assim, Merleau-Ponty parte do <em>Lebenswelt</em> husserliano para construir sua filosofia. Reconhece que o "retorno ao mundo da vida" é a contribuição mais importante de Husserl para a sua filosofia. </p><div style="text-align: justify;"> <span style="font-size: 12pt; font-family: 'Courier New';"></span> </div><div><div style="text-align: justify;"> <!--[if !supportFootnotes]--><br /></div><hr style="margin-left: 0px; margin-right: 0px;" width="33%" size="1"><div style="text-align: justify;"> <!--[endif]--> </div><div style="text-align: justify;" id="ftn1"> <p class="MsoFootnoteText"> <a name="_ftn1" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/O-que-e-Fenomenologia-b1-p33.htm#_ftnref1" title="_ftn1"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; font-family: 'Courier New';">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> André Dartigues.<em> O que é fenomenologia</em>, p.1-3 </p> </div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;" id="ftn2"> <p class="MsoFootnoteText"> <a name="_ftn2" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/O-que-e-Fenomenologia-b1-p33.htm#_ftnref2" title="_ftn2"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; font-family: 'Courier New';">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Por facticidade, Merleau-Ponty quer expressar a presença fenomenal, experimental da coisa percebida. É a facticidade que permite a vivência experimental da essência das coisas. </p> </div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;" id="ftn3"> <p class="MsoFootnoteText"> <a name="_ftn3" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/O-que-e-Fenomenologia-b1-p33.htm#_ftnref3" title="_ftn3"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; font-family: 'Courier New';">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Maurice Merleau-Ponty. <em>Fenomenologia da percepção</em>, p.4 </p> </div><div style="text-align: justify;"> </div><div id="ftn4"><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoFootnoteText"> <a name="_ftn4" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/O-que-e-Fenomenologia-b1-p33.htm#_ftnref4" title="_ftn4"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; font-family: 'Courier New';">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Ibidem, p.5 </p> </div> </div>Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-40325872528459650482010-07-23T09:49:00.000-07:002010-07-27T09:32:52.753-07:00A redução fenomenológica<div style="text-align: right;"><span style="font-style: italic;">Otávio Júlio Torres</span><br /></div><br /><div style="text-align: justify;">A redução fenomenológica constitui o método que permitirá o retorno às coisas mesmas. Por isso, seu objetivo primeiro é mostrar a necessidade de buscar um ponto de partida, um fundamento absoluto, radical, que permita o aparecimento da relação humana com o mundo, tal como ela acontece. Husserl identifica no Cogito esse ponto de partida.<br /><br />Para Merleau-Ponty, a redução fenomenológica tem como finalidade apontar para uma filosofia existencial. Nesse sentido, ela é uma espécie de fórmula ou caminho que torna possível ao Cogito reconhecer que sua reflexão está fundamentada no mundo da vida, no irrefletido, no mundo que está aí, anterior à ciência (que é decorrente dele). Nesse contexto, a redução não pretende retirar o Cogito do mundo para uma consciência pura e não pode ser considerada como um empreendimento idealista, que busca uma volta reflexiva ao ser interior humano.<br /><br />Na redução, a consciência não é mais primeira, não abarca o mundo e nem o possui, mas reconhece o mundo e coloca-se em direção a ele incessantemente[1]. A redução fenomenológica, portanto, é a única forma de reflexão que não anula o irrefletido, mas o manifesta.<br /><br />Em última análise, Merleau-Ponty viu na redução a possibilidade do reencontro com o mundo tal como ele é:<br /><br />O mundo não é aquilo que eu penso, mas aquilo que eu vivo; eu estou aberto ao mundo, comunico-me indubitavelmente com ele, mas não o possuo, ele é inesgotável.[2]<br /><br />Os passos metodológicos[3] próprios da redução fenomenológica podem ser sintetizados em três momentos subseqüentes:<br /><br />1)Suspender o movimento ser no mundo. Ou seja, recusar a cumplicidade, a relação do ser (indivíduo, pessoa) com o mundo, renunciar, abster-se das certezas do senso comum e da atitude natural. Nesse primeiro passo, o objetivo a ser alcançado é reencontrar a experiência irrefletida do mundo; a colocação do mundo entre parênteses significa o desvelamento e o surgimento do mundo enquanto tal.<br /><br />2)Entrar numa atitude de "admiração" do mundo. É relacionar-se com o mundo, possibilitando que os atos intencionais do indivíduo com o mundo apareçam. É exatamente a partir da relação do indivíduo com o mundo, do ser no mundo, que é possível conceber o mundo como transcendência própria e o próprio sujeito como transcendência em relação ao mundo. Para Husserl, esse é o motor da redução[4].<br /><br />3) Recolocar nessa experiência a reflexão, como atitude de verificação e possibilidade pertencente ao próprio ser humano. Aqui, trata-se de uma reflexão radical que supera o solipcismo[5] e a construção do objeto por parte do sujeito, defendidos pelo intelectualismo[6]. A verificação reflexiva resulta no reconhecimento da preexistência do mundo como afirmação radical do método fenomenológico.<br /><br />No prefácio da obra Fenomenologia da percepção, Merleau-Ponty defende a redução diante da compreensão idealista, defendida por intérpretes de Husserl e "dissidentes" existenciais. Segundo Merleau-Ponty, diziam eles:<br /><br />A redução fenomenológica seria idealista, no sentido de um idealismo transcendental que trata o mundo como uma unidade de valor indiviso[7].<br /><br />Segundo essa concepção, a redução fenomenológica seria o retorno a uma consciência transcendental, perante a qual o mundo se apresenta em uma transparência absoluta, como o entende, por exemplo, Kant[8]. Tal transparência significa que o mundo não é distinto da significação mundo. Ou seja, a percepção do mundo não é própria do indivíduo, mas provém de consciências pré-pessoais, sendo que este mundo é, por definição, único, um sistema das verdades, consciências ou sentidos que torna possível a "apreensão de uma certa hilè como significando um fenômeno de grau superior"[9].<br /><br />O idealismo consiste exatamente no fato de que o mundo é dado em uma significação prévia, dentro da qual o indivíduo apenas o apreende. Nesse caso, desaparece o que Merleau-Ponty chama de "opacidade" e "transcendência" do mundo. Isso deve-se ao fato de o Cogito desvalorizar a percepção de um outro, de um "espectador estrangeiro" que o impede de ser absolutamente si mesmo e o expõe ao olhar de outros, ou pelo menos lhe faz perceber uma consciência entre as consciências.<br /><br />Para Merleau-Ponty, é esse problema do outro que salva a redução fenomenológica husserliana do idealismo a que seus sucessores a relegaram:<br /><br />Todo o mal-entendido de Husserl com seus intérpretes, com os 'dissidentes' existenciais e, finalmente, consigo mesmo provém do fato de que, justamente para ver o mundo e apreendê-lo como paradoxo, é preciso romper nossa familiaridade com ele, e porque essa ruptura só pode ensinar-nos o brotamento imotivado do mundo.[10]<br /><br />Para concluir essa seção do prefácio, Merleau-Ponty salienta que o maior ensinamento da redução é a impossibilidade de uma redução completa. A relação inalienável do ser no mundo, que coloca sua própria reflexão no curso temporal que ela procura captar, não permite conceber que exista um pensamento, uma consciência, um sistema de verdades que abarque todo o pensamento humano e o torne capaz de retornar "às coisas mesmas" definitivamente. "Eis por que Husserl sempre volta a se interrogar sobre a possibilidade da redução"[11], afirma.<br /><br />[1] Ibidem, p.15<br /><br />[2] Ibidem, p.14<br /><br />[3] Não se trata, como diz Luiz Ernesto Rodrigues Tápia, de constituir um método de investigação que se dirija pelo uso de padrões estabelecidos pela pesquisa científica. Antes, a Fenomenologia sugere uma atitude ou perspectiva metodológica própria, distinta, estabelecida na relação ser humano-mundo (In: Joel Martins e Maria Fernanda S. Farinha Beirão Dichtchekenian (org.). Temas fundamentais de fenomenologia, p.69-70).<br /><br />[4] Num primeiro instante, pode parecer que este passo do método da redução fenomenológica leva a desconsiderar o problema da neutralidade científica. Todavia, concluir isto seria uma atitude precipitada. Colocar-se à parte da relação ser no mundo, da situação de que somos do começo ao fim relação ao mundo, significa exatamente adquirir a consciência deste ser no mundo, até então desapercebido, para poder, a partir daí, despertá-lo e fazê-lo aparecer.<br /><br />[5] O solipcismo considera o Cogito como a única realidade que torna possível a existência do mundo, como resultado de uma capacidade reflexiva do eu pensante.<br /><br />[6] O intelectualismo defende a predominância dos elementos racionais sobre quaisquer outros sistemas de conhecimento. Na verdade, para o intelectualismo, a razão é o limite de todo o conhecimento.<br /><br />[7] Maurice Merleau-Ponty. Fenomenologia da percepção, p.7<br /><br />[8] Para Kant, o mundo é imanente ao sujeito, permitindo-lhe apreendê-lo como ele é, pois o sujeito adquire a significação do mundo a partir das faculdades intelectuais de que dispõe. Para Kant, portanto, cabe ao sujeito racionalizar, significar o mundo para si.<br /><br />[9] MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção, p.7<br /><br />[10] Ibidem, p.10<br /><br />[11] Ibidem, p.10<br /></div>Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3833614065353240927.post-30051765818694932572010-07-23T09:08:00.000-07:002010-07-27T09:34:13.756-07:00O Cogito fundamentado no mundo da vida<p style="margin: 6pt 0cm; text-align: right; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%;" class="MsoNormal"><span style="font-style: italic;">Otávio Júlio Torres</span><br /></p><p style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%;" class="MsoNormal">O método da redução fenomenológica leva Husserl a colocar no <em>Cogito</em>, no sujeito pensante, o ponto de partida da sua filosofia. Deve-se, no entanto, fazer a ressalva de que o <em>Cogito</em> husserliano não se limita à conceituação dada por Descartes. </p> <p style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%;" class="MsoNormal"> No sistema cartesiano, o <em>Cogito </em>é a origem e o critério para toda a verdade e, portanto, é o fundamento de todo o conhecimento. Ao enfatizar um eu racional, um eu que se apreende como uma razão, Descartes estabelece um critério de certeza que se assenta numa intuição originária que é a apreensão de um <em>mim mesmo</em>, de um <em>mim por mim</em>. Esta primeira apreensão leva a postular as regras inerentes ao pensar que, por sua vez, explicitam a racionalidade própria do pensar, que se processa matematicamente e se amplia numa cadeia dedutiva de conceitos, apresentados na forma de um conhecimento intuitivo. De acordo com essa concepção, o <em>Cogito</em> pode retirar-se e apreender-se dos significados impressos na realidade, compreendendo-se como unidade de sentido, isolado do mundo, para poder assim, determiná-lo como objeto de conhecimento. Essa concepção resulta em dois princípios básicos do racionalismo cartesiano: </p> <p style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%;" class="MsoNormal"> 1) o <em>Cogito </em>se apreende como um eu psicológico dado pela consciência imediata, a apreensão de <em>mim por mim</em> e </p> <p style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%;" class="MsoNormal"> 2) ao se interrogar sobre si mesmo, o <em>Cogito<strong> </strong></em>surge como ente racional, que se apreende como ser pensante capaz de instaurar a certeza das coisas pelo arcabouço racional de que é portador. Daí, surge a crença de que ele pode se retirar da realidade e apreender-se como entidade independente<a name="_ftnref1" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/O-Cogito-fundamentado-no-mundo-da-vida-b1-p35.htm#_ftn1" title="_ftnref1"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; font-family: 'Courier New';">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>. </p> <p style="margin: 8pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%;" class="MsoNormal"> Porém, ao tratar da importância do <em>Cogito</em>, no processo da redução fenomenológica, Husserl fala da mundaneidade em que ele está submerso. O <em>Cogito </em>é concebido como uma coisa entre outras coisas, ainda que de natureza diferente daquela de um mundo físico. Resulta dizer que todo "o conceito implica um determinado compromisso com a realidade, fundado, portanto, num compromisso que ainda não está determinado"<a name="_ftnref2" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/O-Cogito-fundamentado-no-mundo-da-vida-b1-p35.htm#_ftn2" title="_ftnref2"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; font-family: 'Courier New';">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>, que Husserl chama de mundo da vida (<em>Lebenswelt</em>). </p> <p style="margin: 8pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%;" class="MsoNormal"> O mundo da vida é apresentado por Husserl, no final de sua vida, como o tema primeiro da fenomenologia<a name="_ftnref3" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/O-Cogito-fundamentado-no-mundo-da-vida-b1-p35.htm#_ftn3" title="_ftnref3"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; font-family: 'Courier New';">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a>. É do mundo da vida que procede uma intencionalidade operante e, por meio de um esforço de retomada desse vivido, o sentido se esclarece em diferentes níveis de constituição. O <em>Cogito </em>se funda, portanto, na relação com o mundo da vida, como ser no mundo, adquirindo um pensar reflexivo, num momento posterior àquele em que vive. Um mundo que está aí, um mundo de valores, de crenças, de ações conjuntas, de pensares, que não é apenas próprio do eu pensante, mas é seu suporte, e a partir do qual o<em> Cogito</em> se reconhece. </p> <p style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%;" class="MsoNormal"> O mundo da vida, ou o <em>Lebenswelt</em> de Husserl, está vinculado à correlação consciência-mundo, que precede todas as construções científicas ou conceitualizações metafísicas. O mundo da vida expressa-se pelas experiências pré-científicas originárias, construído a partir das formas sensíveis das coisas na experiência cotidiana. </p> <p style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%;" class="MsoNormal"> O mundo da vida, experimentado pelo ser humano, significa a somatória das suas experiências vividas dentro de uma realidade rica e complexa, que ele mesmo constrói. Ao mesmo tempo, o mundo da vida também age ativamente na construção do indivíduo, ao constituí-lo no contexto histórico cultural concreto: história, linguagem, cultura, valores... </p> <p style="margin: 6pt 0cm; text-align: justify; text-indent: 70.9pt; line-height: 200%;" class="MsoNormal"> Em resumo, Husserl identifica o mundo da vida a um <em>a priori</em> dado com a subjetividade transcendental. Integra a polaridade sujeito-objeto por um horizonte pré-dado e sempre aberto a novas experiências. "O <em>Lebenswelt</em> não é uma soma de objetos, mas o mundo do subjetivo do qual emerge toda a atividade humana."<a name="_ftnref4" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/O-Cogito-fundamentado-no-mundo-da-vida-b1-p35.htm#_ftn4" title="_ftnref4"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 12pt; font-family: 'Courier New';">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> A categoria "horizonte" quer expressar a variedade de experiências singulares, encontradas num leque global de sentido, proveniente da intencionalidade subjetiva. Esse horizonte, de que fala Husserl, constitui uma totalidade aberta e viva, que se realiza no retorno ao mundo da vida. </p> <span style="font-size: 12pt; font-family: 'Courier New';"></span> <div> <!--[if !supportFootnotes]--><br /><hr width="33%" size="1"> <!--[endif]--> <div id="ftn1"> <p style="text-align: justify;" class="MsoFootnoteText"> <a name="_ftn1" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/O-Cogito-fundamentado-no-mundo-da-vida-b1-p35.htm#_ftnref1" title="_ftn1"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; font-family: 'Courier New';">[1]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Maria Fernanda Dichtchekenian desenvolve detalhadamente este problema do cogito cartesiano em relação à fenomenologia no artigo: "O cogito e o mundo da vida - proposta de um fundamento rigoroso para o conhecimento". In: Joel Martins e Maria Fernanda S. Farinha Beirão Dichtchekenian (org.). <em>Temas fundamentais de fenomenologia</em>, p.27-34 </p> </div> <div id="ftn2"> <p style="text-align: justify;" class="MsoFootnoteText"> <a name="_ftn2" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/O-Cogito-fundamentado-no-mundo-da-vida-b1-p35.htm#_ftnref2" title="_ftn2"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; font-family: 'Courier New';">[2]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Ibidem, p.30 </p> </div> <div id="ftn3"> <p style="text-align: justify;" class="MsoFootnoteText"> <a name="_ftn3" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/O-Cogito-fundamentado-no-mundo-da-vida-b1-p35.htm#_ftnref3" title="_ftn3"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; font-family: 'Courier New';">[3]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Maurice Merleau-Ponty. <em>Fenomenologia da percepção</em>, p.2 </p> </div> <div id="ftn4"> <p style="text-align: justify;" class="MsoFootnoteText"> <a name="_ftn4" href="http://filosofia-teologia.blogueiros.net/Otavio-Torres-b1/O-Cogito-fundamentado-no-mundo-da-vida-b1-p35.htm#_ftnref4" title="_ftn4"><span class="MsoFootnoteReference"><span><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-size: 10pt; font-family: 'Courier New';">[4]</span></span><!--[endif]--></span></span></a> Urbano ZILLES. "Os conceitos husserlianos de '<em>Lebenswelt'</em> e teleologia". In: <em>Fenomenologia hoje</em>: existência, ser e sentido no alvorecer do século XXI, p.513 (Apostila do Seminário Avançado de Fenomenologia no Pensamento Contemporâneo, FENPEC, São Bernardo do Campo, 22-23 de setembro de 2001). </p> </div> </div>Filosofia&Teologiahttp://www.blogger.com/profile/15764415642512567481noreply@blogger.com0